Informação de que avião pode ter mudado de rota alterou ação de busca.
Marinha dos EUA deslocou um de seus navios para o Oceano Índico.
Da France Presse
A busca pelo avião da Malaysia Airlines se estendeu ao Oceano Índico nesta sexta-feira (14), após a distribuição de novos dados, citados pela Casa Branca, que sugerem que o aparelho voou durante várias horas após desaparecer das telas do radar, há seis dias.
"Entendi que com base na nova informação, não necessariamente conclusiva, uma busca adicional pode envolver o Oceano Índico", informou Jay Carney, porta-voz da Casa Branca, na quinta-feira (13).
A Marinha americana deslocou um de seus navios que participam da busca ao avião do Golfo da Tailândia para o Oceano Índico, revelou um oficial à AFP.
"O 'USS Kidd' está passando pelo Estreito de Malaca em direção ao Oceano Índico", disse um oficial da Marinha, que pediu para não ser identificado.
DDG-100 USS Kidd |
P-8 Poseidon |
A procura se concentrou em um primeiro momento no Mar da China meridional, ao leste da Malásia, na rota que o voo deveria ter realizado, entre Kuala Lumpur e Pequim.
Mas as autoridades suspeitam que o avião pode ter dado meia-volta.
A procura se concentrou em um primeiro momento no Mar da China meridional, ao leste da Malásia, na rota que o Boeing 777 deveria ter realizado. A última posição conhecida do avião antes de desaparecer das telas dos radares fica a meio caminho entre as costas da Malásia e Vietnã.
De acordo com o Wall Street Journal e o canal de televisão ABC, os investigadores americanos acreditam que o avião continuou voando por mais quatro horas, depois de ter desaparecido das telas dos radares, 60 minutos depois de decolar em Kuala Lumpur.
A suspeita está baseada em um sinal automático transmitido via satélite pelo avião durante quatro horas após o desaparecimento. Os sistemas se conectam a um ou a vários satélites, segundo as fontes.
Se efetivamente prosseguiu com o voo durante o período, o avião pode ter percorrido 3.500 quilômetros adicionais e alcançado o Oceano Índico, o Paquistão ou até mesmo o mar da Arábia.
O governo malaio está examinando as informações, indicou à AFP uma fonte ligada às operações de busca, sem revelar detalhes. Até o momento não foi anunciado se o país vai enviar equipes ao Índico.
Na quinta-feira, as autoridades da Malásia desmentiram as informações do Wall Street Journal de que as turbinas fabricadas pela Rolls Royce que equipavam o avião continuaram enviando sinais por quatro horas após a perda de contato com o controle aéreo.
Mais tarde, o jornal destacou que os sinais enviados não eram procedentes das turbinas Rolls Royce.
O avião desapareceu dos radares uma hora depois da decolagem no sábado passado às 0h40 de Kuala Lumpur. As condições climáticas eram consideradas boas e nenhum sinal de alerta foi recebido.
O desaparecimento do Boeing 777 há seis dias provoca perplexidade entre especialistas e governos. Diversas hipóteses, mais ou menos razoáveis, foram citadas na última semana, de uma explosão a bordo até um sequestro, passando por problemas técnicos, um ataque com míssil e até o suicídio do piloto. A aeronave é considerada uma das mais seguras do mundo.
Até quinta-feira, a área rastreada por dezenas de aviões e navios enviados por mais de 10 países cobria quase de 27.000 milhas náuticas, o que equivale a 90.000 quilômetros quadrados (a superfície de Portugal). Ao perímetro se adiciona agora uma parte do Oceano Índico