Do UOL, em São Paulo
A Gol Linhas Aéreas anunciou nesta sexta-feira (23) o fim das atividades da Webjet, comprada pela empresa em julho de 2011. A Gol também disse que vai cortar mais 850 empregados entre tripulação técnica, tripulação comercial e manutenção de aeronaves.
A Gol concluiu a compra da WebJet em outubro de 2011, por R$ 70 milhões, além de ter assumido dívidas de cerca de R$ 200 milhões. O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou a fusão das duas empresas em outubro.
"Modelo de passagens baratas deixou de ser competitivo"
Em nota, a Gol afirma que o modelo de negócios da Webjet, de passagens baratas, deixou de ser competitivo com os novos patamares de custo do setor no país.
"A Webjet possui um modelo de operação com base em uma frota composta majoritariamente por aviões modelo Boeing 737-300, de idade média elevada, alto consumo de combustível e defasagem tecnológica. Esse modelo deixou de ser competitivo", disse a Gol em fato relevante.
Clientes da Webjet serão atendidos pela Gol; lanche será cobrado
Ainda segundo a Gol, "os clientes e passageiros da Webjet serão integralmente assistidos pela empresa, e terão seus voos garantidos".
Uma das medidas que deve ser implementada em todos os voos da Gol é a venda de lanches a bordo. Atualmente, o serviço está disponível apenas em alguns voos da companhia.
Cerca de 3.000 pessoas foram demitidas em 2012
Após o corte de quase 3.000 funcionários desde o início do processo de fusão entre as duas empresas, a Gol não prevê novas demissões. Além dos 850 funcionários anunciados nesta sexta-feira, outros 2.000 já tinham sido desligados da empresa neste ano.
"Agora, com a nova estrutura, incluindo desligamento desses 850 colaboradores, nossa estrutura ficará estável em torno de 17 mil colaboradores", afirmou o diretor-presidente da empresa, Paulo Kakinoff, em teleconferência.
Gol irá devolver aeronaves; empresa quer mais eficiência
A Gol irá devolver as 20 aeronaves Boeing 737-300 da Webjet até o final do primeiro semestre de 2013.
A aérea informou ainda que estima um aumento pontual de custos no 4º trimestre deste ano. Em 2013, a empresa prevê redução na oferta doméstica de assentos de 5% a 8%.
(Com informações de agências)