Escritório responsável por investigar causa do acidente não confirma nem desmente hipóteses sobre erros dos pilotos

Andrei Netto - O Estado de S.Paulo

CORRESPONDENTE / PARIS

 
Equipes de resgate a bordo do navio francês Ile de Sein já recuperaram 29 corpos de vítimas do voo AF-447, que caiu no Oceano Atlântico em 31 de maio de 2009. A informação foi revelada às associações de familiares no Brasil e na França pelo embaixador Philippe Vinogradoff. Com a nova etapa de resgates, iniciada em 21 de maio, 81 dos 228 corpos de passageiros e tripulantes já foram recuperados.

 
A operação foi retomada nesta semana, depois que exames de DNA realizados nos dois primeiros corpos retirados do mar em abril indicaram que seria possível fazer seu reconhecimento. Com isso, o Tribunal de Grande Instância de Paris determinou que uma equipe da Direção de Pesquisas Criminais da França viajasse no Ile de Sein ao local do acidente com a missão de resgatar mais vítimas.

 
As investigações sobre as causas da queda continuam a causar especulações. Ontem, o Wall Street Journal publicou uma reportagem afirmando que os pilotos teriam tomado decisões equivocadas ao se defrontarem com as falhas mecânicas e eletrônicas, provocadas pelos tubos de pitot, as sondas de velocidade.

 
A informação já havia sido publicada pela revista alemã Der Spiegel, mas na prática nenhuma reportagem traz novidades. Há pouco menos de dois anos, o Escritório de Investigações e Análises para a Aviação Civil (BEA) confirmou que os sensores de velocidade falharam durante o voo.

 
Por sua parte, o BEA se negou ontem, mais uma vez, a confirmar ou desmentir as informações.


A entidade promete divulgar na sexta-feira um comunicado revelando as circunstâncias da queda do 447.

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