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SÃO PAULO - O Conselho de Administração da Embraer aprovou em reunião nesta quinta-feira a ampliação do escopo de atuação da empresa previsto em seu estatuto, para incluir atividades relacionadas ao desenvolvimento de produtos de defesa.
Segundo fato relevante à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a fabricante de aeronaves poderá "projetar, construir e comercializar equipamentos, materiais, sistemas, softwares, acessórios e componentes para as indústrias de defesa, de segurança e de energia".
A Embraer foi criada pelo governo brasileiro há mais de 40 anos para desenvolver aviões militares, embora tenha ficado mais conhecida do público por seus aviões comerciais regionais, área em que apostou fortemente após sua privatização, na década de 1990.
A empresa já desenvolvia produtos militares, mas seu estatuto era mais específico, estabelecendo que a companhia tinha por fim "projetar, construir e comercializar aeronaves e materiais aeroespaciais e respectivos acessórios, componentes e equipamentos", além de atividades técnicas vinculadas.
A Embraer está, no momento, trabalhando no desenvolvimento do cargueiro KC-390, que deve entrar em serviço no final de 2015 e será o maior avião já fabricado no Brasil. A Força Aérea Brasileira (FAB) e os governos da República Tcheca, Portugal, Chile e Colômbia indicaram a compra de um total de 54 unidades da aeronave de transporte militar.
O Conselho da Embraer também aprovou a sugestão da diretoria para que sua denominação social deixe de ser Empresa Brasileira de Aeronáutica S.A. e passe a ser apenas Embraer S.A.
O governo federal, com sua "golden share" na Embraer, tem 30 dias para exercer seu direito de veto sobre as decisões do Conselho ou se manifestar favoravelmente, de acordo com a fabricante.