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06 julho 2010

TAM prepara-se para a recuperação do setor de jatos executivos

Alberto Komatsu, de São Paulo - Valor

A TAM Aviação Executiva planeja construir um centro de manutenção de jatos numa área anexa ao Aeroporto de Pampulha, em Belo Horizonte, revela o presidente da empresa, Fernando Pinho. O executivo não divulga o investimento, mas fontes do mercado estimam que seria próximo a R$ 7,5 milhões.

A empresa é o embrião da TAM Linhas Aéreas e pertence à TAM Empreendimentos e Participações (TEP), da família Amaro, acionista majoritária. A TAM Aviação Executiva tem outro centro de manutenção em Jundiaí, no interior de São Paulo, onde já foram aplicados R$ 15 milhões.

"A manutenção é a área que tem registrado o maior crescimento no faturamento para nós. O mercado de aviação executiva vem respondendo bem", diz Pinho. Segundo ele, Pampulha foi escolhida pela boa oferta de mão de obra especializada e por ser uma rota de acesso às regiões Norte e Nordeste.

Conversações estão sendo realizadas entre a empresa, o governo estadual de Minas Gerais e a Infraero local. Caso as negociações fracassem, Pinho diz que a alternativa será ampliar o centro de Jundiaí. Outra hipótese é rumar para outro Estado que ofereça boas condições para receber o investimento.

O executivo conta que a área de manutenção responde por 30% do faturamento da empresa, não divulgado. Outros 40% são da venda de jatos, turboélices e helicópteros. A TAM Aviação Executiva é representante, no Brasil, da fabricante americana de aviões Cessna e dos helicópteros da Bell.

Pinho estima que a venda de jatos executivos da TAM neste ano deve alcançar até 70 unidades.

Em 2009, foram 50. Em 2008, 56 jatos. A partir de 2012, ele acredita que as vendas devem voltar ao patamar histórico de 80 a 90 unidades por ano, marca que só era alcançada em meados de 2005 e 2006.

Executivos do setor e a Associação Brasileira de Aviação Geral (Abag) estimam que a venda de jatos executivos no Brasil movimenta entre US$ 300 milhões e US$ 400 milhões ao ano. O diretor comercial da OceanAir Táxi Aéreo, José Eduardo Brandão, confirma que está havendo uma retomada da "normalidade" nas vendas.

De acordo com Brandão, um termômetro do nível normal de vendas é quando os jatos usados respondem por cerca de 10% do total de aeronaves comercializadas. Ele estima que esse patamar esteja atualmente em 11%. "Acredito que em 2011 vamos ter um mercado 100% normal, com equilíbrio entre oferta e demanda", diz.

O vice-presidente executivo da Abag, Ricardo Nogueira, destaca os efeitos da crise para o fretamento de aeronaves em 2009, que chegou a recuar até 50% em relação ao ano anterior. Ele conta que espera um gradativo crescimento e recuperação até o fim de 2010.

Sinal verde no Aeroparque

A TAM recebeu autorização para voar entre o Aeroparque Jorge Newberry, aeroporto próximo ao centro de Buenos Aires, São Paulo e Porto Alegre, informou o jornal argentino "El Cronista". A TAM Linhas Aéreas e a TAM Airlines, subsidiária no Paraguai, pediram dois pares de horários de pouso e decolagem (slots) cada uma.

Autoridades argentinas decidiram, em meados de fevereiro, abrir o Aeroparque para voos internacionais no Mercosul, antes concentrados no aeroporto de Ezeiza, a cerca de 40 quilômetros do centro. A primeira companhia a receber autorização no Aeroparque foi a Aerolíneas Argentinas. A TAM informa que aguarda autorização final para implementar os voos.

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