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Falta de estrutura em aeroportos do interior ainda é um entrave

O Estado de SP

Em Caruaru (PE), por exemplo, empresa Noar fez parceria com o governo para criar um plano de segurança O crescimento do mercado de aviação regional no Brasil tem esbarrado em problemas burocráticos e de infraestrutura. Administrados por Estados e municípios, os aeroportos de cidades de médio porte enfrentam escassez de recursos, segundo o presidente da Associação Brasileira das Empresas de Transporte Aéreo Regional (Abetar), Apostole Lazaro Chryssafidis.

"É um problema que as empresas estão enfrentando. A Anac tem publicado algumas resoluções que visam aumentar a segurança nos aeroportos, mas dá pouco tempo para adequação. Isso exige uma série de investimentos de governos estaduais e municipais. Sem isso, gera-se um estresse violento, porque limita a operação das empresas com planos de investir", afirma.

Para Chryssafidis, algumas empresas têm de deixar de operar em aeroportos que não conseguem cumprir as novas regras de segurança. "O empresário demora alguns anos para planejar o investimento e quando começa a receber as aeronaves, percebe que aqueles aeroportos não são mais operáveis", diz.

O presidente da Trip, José Mário Caprioli, afirma que a companhia tem enfrentado essa realidade. "Carauari, no meio da Amazônia, é uma cidade em que tínhamos voo e tivemos de suspender. Há hoje 20 aeroportos que ainda têm operações da companhia, mas nos quais não podemos expandir porque a infraestrutura continua limitada."

A Noar, empresa que começou a voar em junho no Nordeste, tem feito parceria com governos estaduais para adequar os pequenos aeroportos às exigências da Anac. Em Caruaru (PE), a empresa auxiliou na criação de um plano de segurança.

O governo federal vem estudando medidas para acabar com os entraves para a aviação regional. 

De acordo com Fernando Soares, diretor do Departamento de Política de Aviação da Secretaria de Aviação Civil, a União tem um projeto para destinar mais recursos para a melhoria de aeroportos. Ele afirma, porém, que os Estados recebem recursos da Cide, contribuição sobre a venda de petróleo e derivados, que também podem ser usados para este fim.

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