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Ações da Embraer disparam mais de 6% com contratos

Encomenda feita pela Flybe britânica surpreendeu analistas que acompanham a indústria de aviação civil; companhias aéreas nacionais também terão forte alta

Vanessa Correia - Brasil Econômico

Os quatro contratos recém-fechados pela Embraer, para o fornecimento aeronaves comerciais a Trip Linhas Aéreas, Azul Linhas Aéreas, Flybe e Air Lease, deram fôlego adicional às ações da empresa. Só ontem, os papéis ordinários (ON) da fabricante brasileira de jatos apresentaram valorização de 6,14%, cotadas a R$ 10,20. No ano, a alta é de 8,57%.

"As encomendas feitas pela Azul e Trip já estavam incluídas na carteira de pedidos firmes (backlog) do segundo trimestre deste ano, no item cliente não divulgado. O que surpreendeu foi a encomenda feita pela Flybe", afirma Rosângela Ribeiro, analista da SLWCorretora.

A Embraer já havia sinalizado que o mercado melhoraria a partir do segundo semestre deste ano e que 2011 seria um ano vigoroso. "Podemos entender que esse cenário foi antecipado e que novos contratos estão por vir ainda no segundo semestre deste ano", completa Rosângela.

A notícia foi tão positiva que a SLW alterou a recomendação dos papéis, de manutenção para compra. Ou seja, a analista responsável pelo setor de transporte e logística da corretora recomenda que os investidores comprem as ações da empresa, haja vista maior potencial de valorização.

Tráfego livre

Não foi só o cenário para a Embraer que melhorou; Tam e Gol apresentaram sinais de recuperação nos últimos meses. Dados da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) apontaram que junho registrou crescimento de 16,8% no mercado doméstico e de 22,3% nas rotas internacionais operadas por companhias brasileiras, em relação ao mesmo mês de 2009. Com isso, o primeiro semestre já acumula aumento de 27,6% na demanda doméstica e de 13,4% na internacional, comparado ao mesmo período do ano passado.

No segmento doméstico, a Tam segue líder de mercado com participação de 42,9% e ampliou sua diferença em relação à sua principal concorrente, a Gol/Varig, que fechou o mês de junho com 39,1%do mercado. No comparativo com junho de 2009, a Tam obteve crescimento de 11,9%, enquanto a Gol/Varig avançou 8,3%.

Apesar das perspectivas favoráveis, as ações preferenciais de ambas as empresas não têm apresentado bom desempenho: queda de 23,2% para Tam e 10,3% para Gol. "A desvalorização dos papéis não reflete a expectativa para o setor de transporte aéreo. O mercado brasileiro é um dos pouco com enorme potencial de crescimento", diz Fernanda Marques, analista do BB Investimentos.

Na visão da analista, ainda há algumas ponderações a ser feitas. "Para as empresas brasileiras continuarem crescendo, será necessário que os aeroportos sejam ampliados. Particularmente acredito em aumento dos slots de voos, em virtudes dos eventos esportivos programados para os próximos anos."

A projeção do BB Investimentos para as ações preferenciais da Tam, ao final de 2010, é de R$ 41,40, o que significaria valorização de 48,3%ante o fechamento de ontem (R$ 27,90). Já para as ações preferenciais da Gol, a perspectiva da corretora é de R$ 33,00 por ação em dezembro de 2010, o que representaria alta de 45,7%.

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