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Airbus: buscas em nova área quase concluídas

Franceses esperam novidades na procura por rastos da fuselagem
 
O Globo

Autoridades francesas disseram ontem que esperam anunciar a partir de amanhã novidades nas buscas pela fuselagem do Airbus da Air France que caiu sobre o Atlântico em 31 de maio de 2009, matando 228 pessoas. Segundo Jean-Paul Troadec, diretor do Escritório de Pesquisas e Análises (BEA, na sigla em francês), que investiga as causas do acidente, se a fuselagem for encontrada na nova zona de buscas, isso significa que "o avião deu meia volta para retornar ao Brasil, embora não saibamos as razões disso". A nova área de buscas se encontra a 75 km ao sudoeste da última posição do voo AF 447 conhecida nos radares. Ou seja, o avião estaria em uma área anterior, já sobrevoada. Segundo Troadec, nessa região não há fortes correntes marinhas.

O navio norueguês Seabed Work, que patrulha a nova área de buscas delimitada na semana passada, de 200 km² (e não 100 km², como haviam afirmado as autoridades francesas anteriormente), já percorreu dois terços da zona, informa o BEA. A área toda terá sido vasculhada hoje. Não foi descartado que os dados coletados possam revelar a localização de restos do avião.

— Procuramos a fuselagem, peças que podem ser mais facilmente localizadas. Poderíamos localizar depois as caixas pretas, que se encontrariam nessa zona — afirma Troadec.

A nova área vasculhada, bem mais reduzida que os 2,5 mil quilômetros quadrados da fase anterior, iniciada em abril, possui fundos submarinos entre 2,6 mil e 3,6 mil metros de profundidade e um relevo relativamente acidentado, o que dificulta os trabalhos das equipes.

Essa zona, ao sul da área onde as buscas estavam sendo realizadas em abril, foi delimitada na semana passada após nova análise de dados sonoros coletados por um submarino francês entre junho e julho do ano passado, durante a primeira fase de buscas.

Autoridades não comentam possível meia volta do avião

A hipótese de que avião teria tentado retornar ao Brasil já havia sido levantada pelo jornal "Le Figaro", citando fontes governamentais francesas. Troadec disse preferir não fazer especulações sobre os motivos do suposto retorno do avião para o Brasil, após a decolagem no Rio de Janeiro:

— Mesmo se encontrarmos a fuselagem nessa nova área, é muito cedo para tirar as conclusões das causas do acidente.

Alain Bouillard, investigadorchefe do acidente no BEA, diz que só será possível entender as razões da suposta meia volta quando as caixas-pretas da aeronave forem localizadas.

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