Os funcionários da British querem que a companhia suspenda seu plano de corte de custos, que envolve congelamento de salários, um novo regime parcial de trabalho para três mil empregados e redução, de 15 para 14, do número de tripulantes dos voos de longa distância que partem do aeroporto inglês de Heathrow, um dos mais importantes do mundo. O sindicato alega que não foi consultado sobre o plano.
British: 65% dos passageiros atendidos
Nos três dias de greve, a aérea tinha 1.950 voos planejados, dos quais 1.100 seriam cancelados, nos cálculos do sindicato. A empresa informou, no primeiro dia da paralisação, que poderia manter o transporte de 49 mil passageiros por dia no fim de semana, cerca de 65% da média de 75 mil para um fim de semana normal no mês de março.
Ontem, a empresa se negou a dar detalhes sobre suas operações.
Disse que os aviões vindos do exterior tinham conseguido aterrissar em Londres e que não havia sinais de movimento grevista envolvendo funcionários de seus voos internacionais em outros países.
Ainda segundo a empresa, metade de seus empregados de Heathrow compareceu ao trabalho no sábado, o que lhe permitiu manter dezenas de voos que seriam suspensos, entre eles os que tinham como destino as cidades de Miami e Los Angeles, bem como cidades europeias.
O sindicato de tripulantes do Reino Unido, o Unite, contestou os dados. Ontem, a entidade afirmou que a adesão foi de 80% dos funcionários sindicalizados da companhia.
Os líderes sindicais também pediram para conversar com os diretores da British, numa tentativa de colocar fim à greve, mas o impasse nas negociações permaneceu.
Sindicato quer negociar, mas ameaça com nova greve
O cossecretário-geral do Unite, Tony Woodley, disse em carta aos trabalhadores que espera que as conversas com a diretoria da aérea permitam evitar uma nova paralisação, desta vez de quatro dias, planejada para o fim deste mês.
Outras paralisações estão previstas para abril, mas a tripulação já prometeu que vai trabalhar durante o feriado da Páscoa, on início do próximo mês.
Analistas estimam que as sucessivas greves possam causar um prejuízo à companhia maior que os mais de US$ 95 milhões que a aérea espera economizar com seu plano de corte de custos.
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