Pular para o conteúdo principal

Cenipa pede norma e Anac ignora


FAB quer troca de sondas; agência diz que TAM já fez 

O Estado de SP  

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) contrariou recomendação do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) e deixou de emitir norma obrigando os operadores de Airbus no País a substituírem os sensores de velocidade (tubos pitot) de seus aviões. A agência argumenta que a autoridade de aviação europeia (Easa, na sigla em inglês) já divulgou a diretriz e, portanto, uma norma com o mesmo teor seria inócua. Militares do Cenipa, no entanto, consideram-na importante na legislação aeronáutica brasileira.

A Recomendação de Segurança Operacional (RSO) endereçada à Anac foi emitida em 13 de agosto deste ano. O texto chama a atenção para os "recorrentes" casos de "discrepâncias na indicação de velocidade nos modelos de aeronaves Airbus A330 e A340, enquanto voando em altitudes elevadas e dentro de condições meteorológicas adversas severas". E adverte que as investigações demonstraram que "aeronaves A330 e A340, equipadas com tubos de pitot da marca Thales Avionics aparentaram estar mais susceptíveis a apresentar problemas na indicação de velocidade do que os modelos de tubo da marca Goodrich".


O Cenipa explicava que, embora melhores, os novos sensores desenvolvidos pela Thales não apresentavam a "robustez" necessária para suportar a formação de gelo em grandes altitudes como o tubo de pitot da fabricante americana Goodrich. Por fim, a RSO sugeria à Anac que analisasse a conveniência de editar uma Diretriz de Aeronavegabilidade, ordenando substituição das sondas Thales por Goodrich.


A Anac argumenta que a TAM, única empresa regular do País a operar modelos da família Airbus, já efetuou, por conta própria, a substituição das sondas na frota de A330 e A340. Salienta ainda que, por se tratar de uma aeronave fabricada na França, ela deve estar adequada à legislação europeia - ou seja, tem de obedecer às normas da Easa.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Avião da TAM retorna após decolagem

Jornal do Commercio SÃO PAULO – Um avião da TAM, que partiu de Nova Iorque em direção a São Paulo na noite de anteontem, teve que retornar ao aeroporto de origem devido a uma falha. Segundo a TAM, o voo JJ 8081, com 196 passageiros a bordo, teve que voltar para Nova Iorque devido a uma indicação, no painel, de mau funcionamento de um dos flaps (comandos localizados nas asas) da aeronave. De acordo com a TAM, o avião passou por manutenção corretiva e o voo foi retomado à 1h28 de ontem, com pouso normal em Guarulhos (SP) às 10h38 (horário de Brasília). O voo era previsto para chegar às 6h45. A companhia também informou que seu sistema de check-in nos aeroportos ficou fora do ar na manhã de ontem, provocando atrasos em 40% dos voos. O problema foi corrigido.

Empresa dona de helicóptero que transportava Boechat não podia fazer táxi aéreo e já havia sido multada por atividade irregular, diz Anac

Agência diz que aeronave só podia prestar serviços de reportagem aérea e qualquer outra atividade não poderia ser realizada. Multa foi de R$ 8 mil. Anac abriu investigação. Por  G1 SP A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) afirmou que o helicóptero que caiu na Rodovia Anhanguera no início da tarde desta segunda-feira (11), em que o jornalista Ricardo Boechat e o piloto Ronaldo Quattrucci morreram, não podia fazer táxi aéreo, mas sim prestar serviços de reportagem aérea. Ainda segundo a Anac, a empresa foi multada, em 2011, por atividade irregular. Helicóptero prefixo PT-HPG que se acidentou na Anhanguera — Foto: Matheus Herrera/Arquivo pessoal "A empresa RQ Serviços Aéreos Ltda foi autuada, em 2011, por veicular propaganda oferecendo o serviço de voos panorâmicos em aeronave e por meio de empresa não certificada para a atividade. Essa atividade só pode ser executada por empresas e aeronaves certificadas na modalidade táxi aéreo. A autuação foi definida em R$ 8 mil

A saga das mulheres para comandar um avião comercial

Licenças concedidas a mulheres teêm crescido nos últimos anos, mas ainda a passos lentos. Dificuldades para ingressar neste mercado vão do alto custo da formação ao machismo estrutural Beatriz Jucá | El País Quando Jaqueline Ortolan Arraval, 50 anos, fez a primeira aula experimental de voo, foi mais por curiosidade do que por qualquer pretensão de virar piloto de avião. Era início dos anos 1990 e pouco se via mulheres comandando grandes aeronaves comerciais no Brasil. "Eu achava que não era uma profissão pra mim", conta. Ela trabalhava no setor processual em terra de uma grande companhia aérea, e o contato constante com colegas que estudavam aviação lhe provocaram certo fascínio. Perguntava tanto sobre a experiência de voo que um dia um amigo lhe convidou para acompanhá-lo em uma das aulas. A curiosidade do início se tornou um sonho profissional, e Jaqueline passou a frequentar aeroclubes e trabalhar incessantemente para conseguir pagar as caras aulas de aviação e acumul