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Aeronave com garimpeiros some após decolar de Boa Vista

RESLEY SAAB – A Gazeta (AC)

Uma aeronave com garimpeiros a bordo e plano de vôo não declarado teria deixado a cidade de Boa Vista (RR) e desaparecido no espaço aéreo amazônico, no final da tarde de terça-feira, 18.

As informações são da Record News em São Paulo e coincide com o fato inusitado de que moradores em Boca do Acre (AM), a 200 quilômetros de Rio Branco e pouco mais de mil quilômetros de Manaus, observaram algo que pode ser um avião cair do céu e explodir, por volta das 20 horas de terça.

Em comunicado aos produtores do Gazeta Alerta, a Record News afirmou que autoridades aeronáuticas sediadas em Roraima confirmaram a decolagem de uma aeronave ‘clandestina’, desde Boa Vista.

A aeronave dos garimpeiros teria sido observada pela última vez sobrevoando uma área indígena ainda dentro de Roraima, pelos radares do Sistema de Vigilância da Amazônia.

Mas, segundo especialistas, é pouco provável que os dois fatos tenham relação por causa da distância. De acordo com a ferramenta Google Earth, Boa Vista está a cerca de 1,4 mil quilômetros de Boca do Acre, muito distante para um possível vôo direto.

A aeronave é considerada clandestina quando o piloto não declara o plano de vôo, que contém informações de interesse comum para a segurança do espaço aéreo e dos viajantes. Entre elas estão dados como o destino, a altitude e a autonomia de voo.

FAB poderá enviar esquadrão de salvamento à Boca do Acre

O coordenador da Defesa Civil de Boca do Acre, Pedro Jóia, pediu apoio da Força Aérea Brasileira, por meio do Esquadrão Aeroterrestre de Salvamento, (EAS), para que as buscas ao suposto avião que caiu próximo ao município, localizado ao sul do Amazonas, a 200 quilômetros de Rio Branco.

Em entrevista ao Gazeta Alerta, ele afirmou que a população tem plena convicção dos acontecimentos porque a no momento da queda, por volta das 20 horas, a cidade havia sofrido um apagão.

“A cidade estava sem energia. Estava tudo escuro no momento da queda e deu pra ver o clarão e o estrondo em seguida”, afirmou Pedro Jóia.

As informações dele são quase as mesmas prestadas pelo vereador João Souza (PSC). Ele confirma também que algumas pessoas viram um clarão, seguido de um estrondo forte.

O helicóptero do Ibama fez um sobrevôo de 35 minutos na região apontada pelas pessoas como provável queda do objeto, mas não encontrou qualquer vestígio que levasse a destroços de aeronave.

O próprio coordenador liderou um grupo de voluntários que percorreu a floresta desde as 20 horas até 2 horas de ontem, sem, no entanto, localizar qualquer coisa que pudesse indicar para queda de uma aeronave.

A cidade está localizada a 200 quilômetros de Rio Branco e o choque do objeto com o solo teria ocorrido a pelo menos quatro horas de ‘voadeira’ pelo rio Purus, desde a sede do município, próximo à comunidade de Santana, onde há uma reserva indígena.

Se o EAS for para a região poderá localizar os supostos destroços facilmente, porque além do efetivo treinado para incursões na mata, possui equipamentos e aeronaves adequadas para este tipo de missão.

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