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Fornecedoras da Embraer querem ajuda do BNDES



BRENO COSTA
DA AGÊNCIA FOLHA

Representantes de fornecedores da Embraer em São José dos Campos (SP) irão amanhã ao BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), no Rio, em busca de um plano de salvamento para o setor.

Segundo o Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo), a crise entre os fornecedores vem desde outubro passado e já resultou numa queda de produção aproximada de 35% entre as 40 empresas de aeropeças em atividade no município.

Além disso, cerca de 20% da mão-de-obra já foi cortada, segundo o presidente do Ciesp, Almir Fernandes. O número ainda deve crescer porque algumas empresas, mesmo com queda na produção da Embraer, ainda acreditavam numa retomada da demanda da companhia e adiaram as dispensas.

Na reunião de amanhã com o vice-presidente do BNDES, Armando Mariante Carvalho, a missão é conseguir a liberação de capital de giro para desafogar as empresas dependentes da produção da Embraer.

Linha de crédito específico para isso já existe. É o PEC (Programa Especial de Crédito), instrumento criado em dezembro, com dotação de R$ 6 bilhões, e voltado para alavancar a competitividade da indústria nacional através de reforço do capital de giro. Pelas regras atuais, cada empresa pode receber até R$ 50 milhões, desde que este valor não ultrapasse 20% da receita da beneficiada.

O receio das fornecedoras, segundo Fernandes, é que não consigam apresentar garantias para que o BNDES libere o dinheiro. "É preciso uma negociação com o BNDES para uma flexibilização desse aval, de acordo com a realidade desse setor [de aeropeças], que é de pequenas empresas", disse o presidente do Ciesp.

Um primeiro sinal de disposição do BNDES em negociar ocorreu anteontem, quando o presidente da instituição, Luciano Coutinho, esteve em São José dos Campos para assinar um contrato para a construção de um laboratório de alta tecnologia. Após a cerimônia, Coutinho disse que o setor de aeropeças é estratégico e que precisa ser apoiado.

Oficialmente, o banco diz que ainda não há propostas concretas colocadas na mesa, como a que flexibilizaria a cobrança de garantias por parte do banco.

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