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Chefe do CENIPA afirma que espaço aéreo brasileiro não tem ponto cego

O Chefe do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA), Brigadeiro-do-Ar José Kersul Filho, foi enfático em afirmar que não existem buracos negros no espaço aéreo brasileiro.

O depoimento foi dado nesta quinta-feira, 17, na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga as causas, conseqüências e responsáveis pela crise do sistema de tráfego aéreo brasileiro, desencadeado após o acidente aéreo ocorrido no dia 29 de setembro de 2006, envolvendo em Boeing 737-800, da Gol, e um jato Legacy, da América ExcelAire.

O Brigadeiro-do-Ar Kersul explicou que as aeronaves têm disponível quatro freqüências de rádios diferentes para se comunicar com os controladores de tráfego aéreo. Além delas, existe a freqüência de emergência que pode ser utilizada. De acordo com ele, tudo na aviação está previsto em regras. Se acontecer falhas de comunicação, existem várias maneiras de agir. “Se o avião tiver pane elétrica e não tiver como se comunicar via rádio, o piloto faz uma rota específica, em formato de triângulo, e o controle vai saber que algo está errado. Mas a rigor, se não conseguir se comunicar, o piloto deve seguir a rota prevista no plano de vôo”, afirmou.

No caso de interferências nas freqüências causadas pelas rádios piratas, ele disse que o problema deve ser resolvido pela Anatel. “Em São Paulo, uma rádio estava atrapalhando a freqüência do aeroporto de Congonhas. Entramos em contato com a Anatel, e no dia seguinte a rádio estava lacrada. O problema é que muitas delas funcionam hoje com liminares”.

Ele também foi indagado pelos deputados sobre a segurança de vôo no espaço aéreo brasileiro. Ao responder, mostrou o número de acidentes aeronáuticos na aviação civil brasileira. De acordo com os dados do CENIPA, em 1999 foram 188 acidentes. Em 2006, foram 68. “Os acidentes diminuem ano a ano. O avião continua sendo o meio de transporte mais seguro que existe”, concluiu.

Fonte: CECOMSAER

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