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EXAME NÃO APONTA FALHA EM TRANSPONDER DO LEGACY

Jato que bateu em Boeing da Gol tinha duas antenas de radares. Técnicos acreditam que pilotos teriam desligado aparelho.

Do G1, em São Paulo, com informações da Agência Estado

A avaliação inicial feita pela Honeywell, fabricante do transponder do jato Legacy, não indicou alterações significativas nos equipamentos do avião que se chocou em 29 de setembro com um Boeing da Gol. Segundo uma fonte da Aeronáutica, o jato contava com dois aparelhos, e não um.
Uma das antenas funcionava perfeitamente. A segunda, porém, apresentava registros oscilantes, que não foram considerados relevantes para se elucidar as causas do desligamento.

O jato Legacy bateu em um Boeing da Gol em 29 de setembro. O avião da companhia aérea brasileira caiu no Norte de Mato Grosso e as 154 pessoas que estavam a bordo morreram.
Relatório preliminar da comissão de especialistas que investiga as causas do acidente apontou que o transponder do Legacy estava desligado e, por isso, não era possível checar a altitude do jato.

Até agora não há uma explicação plausível sobre o que levou o equipamento a parar de funcionar. Também não se sabe como o transponder voltou a emitir sinais depois do choque. Isso reforça as suspeitas levantadas logo após a tragédia de que o aparelho teria sido desligado pelos pilotos americanos, ainda que inadvertidamente, por inobservância de procedimentos ou para 'testar' o jato, fazendo manobras.

Os militares dizem que a pane em um transponder é admissível. Para técnicos da Aeronáutica, o desligamento do transponder ainda é a causa número um da colisão.

Os pilotos do jatinho Joe Lepore e Jan Paladino tiveram os passaportes retidos pela Justiça logo após o acidente. Eles prestaram depoimento na sexta-feira (8), na Superintendência da Polícia Federal em São Paulo, e foram indiciados por colocarem a segurança aérea em risco. Logo depois, foram liberados e voltaram para os Estados Unidos.

Após uma viagem aos Estados Unidos, onde acompanhou a perícia no transponder do jato, o coronel Rufino Ferreira, responsável pelas investigações, desembarcou em Brasília e procurou os controladores que estavam de plantão no momento da colisão para uma primeira conversa.

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