Os acidentes aéreos são parcialmente causados pelo crescimento brusco do transporte aéreo de passageiros e consequente falta de pilotos com boa qualificação, escreve o jornalista Alec Luhn em um artigo na revista The Atlantic.


Sputnik

O autor enumera os acidentes aéreos durante os últimos anos que aconteceram, entre outros, devido a erros dos pilotos. Entre eles estão a queda do Yak-42 na região de Yaroslavl em 2011, do ATR 72 na região de Tyumen em 2012 e do Tu-154 do Ministério da Defesa da Rússia no mar Negro em 2016.


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Destroços do An-148 da Saratov Airlines, que caiu nos arredores de Moscou com 71 pessoas a bordo | Alexander Zemlianichenko / AP

O autor acha que a indústria aérea é "vítima do seu próprio sucesso". Por exemplo, segundo Luhn, desde 2009 até 2015 o número de passageiros da Rússia dobrou, tendo atingido 90 milhões. No ano passado o crescimento dos transportes aéreos no país constituiu 19%.

Isto levou a um défice de pessoal. Além disso, a situação se agrava pela queda do câmbio do rublo, o que torna o trabalho no exterior para os pilotos mais atraente, considera o autor.

Embora a carga horária seja reduzida a 90 horas por mês para os pilotos, o que não é muito em comparação com outros países, as companhias aéreas muitas vezes obrigam-nos a trabalhar mais, opina Luhn. Por exemplo, a investigação do acidente na região de Tyumen mostrou que os pilotos haviam violado o regime de trabalho e não tinham suficientes dias de repouso.

Anteriormente, o Comitê Interestatal de Aviação comunicou que a queda do An-148 que fazia um voo de Moscou a Orsk poderia ter sido causada pelo congelamento dos sensores que medem a velocidade do avião. O Comitê indicou que o aquecimento dos dispositivos dos sensores fora desligado.


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