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Investigadores do MH17: Não há provas de que fragmentos sejam do míssil Buk ‘russo’

Os especialistas que investigam o acidente do voo MH17 disseram ao RT que não podem confirmar que os destroços encontrados no leste da Ucrânia pertencem ao míssil do sistema antiaéreo Buk após relatos na mídia que essas partes pertenceriam ao complexo terra-ar russo.


Sputnik

A Equipe Conjunta de Investigação divulgou nesta terça-feira (11) um comunicado dizendo que está investigando “várias partes que possivelmente pertenciam a um sistema de mísseis terra-ar Buk.


Investigadores internacionais trabalham no lugar do acidente do voo MH17
© AP Photo/ Mstyslav Chernov

Na sequência deste relatório, vários meios de comunicação comunicaram que foi um sistema de mísseis “russo” ou “feito na Rússia”, o que o porta-voz da Equipe Conjunta de Investigação negou na conversa com o canal televisivo russo RT, sublinhando que “neste momento ainda é muito cedo para tirar quaisquer conclusões”.

Ele descreveu o procedimento completo como “uma investigação forense para estabelecer se estes fragmentos… eram parte do sistema [de mísseis] Buk ou não” e acrescentou que é muito difícil estabelecer o prazo final para a publicação do relatório.

A única coisa em que a equipe de investigadores tem a certeza absoluta, disse de Bruin, é que “estas partes foram encontradas no leste da Ucrânia”.

A equipe disse no seu comunicado que “neste momento não pode ser tirada a conclusão que há uma relação causal entre as partes descobertas e o acidente do voo MH17”.

Os fragmentos “possivelmente” com origem em um sistema de mísseis terra-ar Buk foram descobertos durante a missão de recuperação no leste da Ucrânia e estão na posse dos investigadores.

Os procuradores holandeses disseram que as partes encontradas no local “são de interesse particular para a investigação criminal porque elas podem proporcionar mais informação sobre os que estiveram envolvidos no acidente do MH17”

O Boeing 777 do voo MH17, que fazia a rota de Amsterdã para Kuala Lumpur, foi derrubado em 17 de julho de 2014 enquanto sobrevoava a região de Donetsk, no leste da Ucrânia, matando todas as 298 pessoas a bordo.

O governo ucraniano e as forças independentistas de Donetsk acusam-se mutuamente de responsabilidade pelo abate da aeronave.

Um relatório final sobre o acidente deverá ser publicado em outubro pelo Dutch Safety Board (conselho investigador de segurança holandês). De acordo com o relatório preliminar publicado pelo lado holandês em setembro de 2014, "o avião se despedaçou no ar provavelmente como resultado de danos estruturais causados por uma grande quantidade de objetos em alta velocidade que penetraram na aeronave pelo lado de fora".

Em junho deste ano a fabricante de armas russa Almaz-Antey publicou os resultados de sua investigação sobre o caso, sugerindo que o voo MH17 foi derrubado por um míssil teleguiado lançado por um sistema Buk-M1. Este míssil, em particular, não é produzido na Rússia desde 1999, mas permanece em serviço no Exército ucraniano, de acordo com o fabricante.


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