Conheça as três cargas mais incomuns que esse helicóptero de transporte pesado já carregou.


Tatiana Russakova | Gazeta Russa

Em 2015, a Rússia espera produzir 7 ou 8 helicópteros Mi-26 com diferentes adaptações, inclusive para clientes estrangeiros. Segundo os fabricantes do Mi-26, a demanda por esses helicópteros continua crescendo no mercado global. Apesar dos mais de 30 anos de serviço, ele ainda é o centro das exposições de aviação por causa de sua dimensão impressionante e da possibilidade de transporte de vários tipos de carga.

Abaixo você pode conferir três das cargas mais inusitadas que já foram transportadas pelos helicópteros Mi-26 ou “vacas voadoras”, como são chamados pelos próprios pilotos.

Chinook

Os helicópteros Mi-26 possuem um enorme histórico de serviços prestados. Estiveram na Somália, Camboja e Indonésia, trabalharam em território da antiga Iugoslávia no âmbito das operações de manutenção da paz da ONU e apagaram incêndios na Grécia.




Os helicópteros Mi-26 prestaram ajuda até mesmo para as Forças Armadas dos Estados Unidos. O comando da Otan contratou a companhia aérea russa Vertical-T para o transporte no Afeganistão em situações de não combate.

Em 2002, um helicóptero de transporte militar americano CH-47 Chinook foi abatido nas montanhas do Afeganistão. Para não agravar as estatísticas de perdas em combate foi decidido resgatar o helicóptero do campo de batalha e transportá-lo para a fábrica onde seriam realizados os reparos.

Os pilotos russos levaram três horas para içar o Chinook com a ajuda de cabos e percorrer uma distância de 400 km, até chegar a Base Aérea de Bagram. Nesse meio tempo foi preciso fazer dois pousos para reabastecer.

Tu-134

Em fevereiro de 2012, um helicóptero Mi-26 transportou o maior avião a jato da história soviética: o Tu-134. A aeronave foi tirada de serviço por estar desgastada e deveria ser transportada de São Petersburgo a um polígono em Nijni Novgorod. Lá, seria utilizada em testes de operações antiterroristas efetuados pelos serviços secretos.



Para retirar o “Svistok”, que em russo significa “apito” (o Tu-134 é chamado assim por causa do ruído marcante dos motores), foi necessário remover os motores do avião e cortar parcialmente suas asas. Mas, mesmo na versão reduzida, a envergadura das asas era de quase 30 metros, e a fuselagem da aeronave tinha mais de 40 toneladas. Era muito arriscado transportar uma carga tão incomum em um suporte para transporte de cargas externas, pois qualquer rajada de vento poderia fazer com que a aeronave suspensa por cabos começasse a planar por conta própria.

O Mi-26 foi capaz de erguer o Tu-134 na primeira tentativa, mas, como não foi possível girar a fuselagem do Tu-134 para que ficasse a favor do vento, o helicóptero teve que iniciar o voo com a cauda virada para frente. Depois de algum tempo, os pilotos conseguiram corrigir a posição do avião. A rodovia Petersburgo-Pskov foi interditada para garantir a segurança dos motoristas nas vias.

Mi-26

Em maio de 2015, o Mi-26T realizou uma operação de transporte exclusiva: praticamente transportou a si mesmo. No suporte para o transporte de carga externa do helicóptero foi colocada uma fuselagem pesando 14 toneladas de um Mi-26 igual a ele e que deveria ser levada de Iochkar-Ola até Rostov-no-Don, onde passaria por manutenção. Não havia outra alternativa para transportar o Mi-26: as “vacas voadoras” são as únicas máquinas capazes de erguer uma carga com semelhante peso e dimensões.

“A operação de transporte da fuselagem durou nove dias. Ao longo do caminho o tempo foi variando bastante – de clima de inverno a verão, mas não surgiram quaisquer dificuldades. Eu trabalho há mais de 15 anos com o Mi-26T e posso dizer que não existe helicóptero melhor que esse para tais operações”, declarou Váleri Tchumakov, comandante da tripulação, citado pela holding Helicópteros da Rússia.


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