Concorrências podem ocorrer ainda neste ano; órgão paulista diz, porém, que prioridade seria Ribeirão Preto


Folha de SP

O Estado de São Paulo tem 9 dos 28 primeiros aeroportos regionais que vão receber grandes obras federais para aumento de capacidade.

A lista dos 28 aeroportos foi obtida pela Folha com exclusividade. Os projetos para a licitação dessas unidades já estão concluídos, o que permite ao governo federal iniciar a concorrência para as ampliações ainda neste ano.

O valor envolvido não pode ser divulgado porque a licitação será no modelo de Regime Diferenciado de Contratação, em que o orçamento é sigiloso para os concorrentes.

A melhoria desses aeroportos faz parte do projeto lançado pelo governo em 2012 de colocar mais cerca de 32 milhões de pessoas a uma distância de 100 km de um aeroporto com voo comercial.

No total, o governo espera ampliar 270 aeroportos, no valor de R$ 7,2 bilhões -- 40 já receberam obras até agora.

Dos 28 desta leva, 6 já receberam melhorias e devem agora ter intervenções que lhes permitam receber aviões de médio e grande porte.

No caso de São Paulo, os aeroportos que vão receber investimentos transportam hoje cerca de 650 mil passageiros ao ano, sendo que quatro deles não têm voos comerciais (Fernandópolis, Franca, Barretos e Sorocaba).

Ricardo Volpi, superintendente do Daesp, órgão que administra os aeroportos estaduais paulistas, porém, diz que a prioridade é o investimento no aeroporto de Ribeirão Preto, o maior regional de São Paulo, com demanda de R$ 440 milhões em obras.

O ministro da Aviação Civil, Moreira Franco, diz que os projetos das outras unidades continuam em estudo para serem licitados e que está consultando as cidades para priorizar investimentos.

Na semana passada, em visita ao aeroporto de Juazeiro do Norte (CE) -- onde a Infraero amplia o terminal de passageiros --, o ministro ouviu do secretário de Turismo da cidade, Roberto Celestino, que a prioridade seria reformar a pista para que ela possa receber aviões de maior porte, inclusive de carga.

Outra dificuldade será executar os projetos. No caso do aeroporto de Juazeiro do Norte, uma obra simples de construção de terminal teve três empresas retiradas do projeto por não conseguirem cumprir os cronogramas.



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