Como o ILS, sistema que auxilia pilotos no pouso de aeronaves, vai ser o responsável por uma nova era no Aeroporto de Joinville
Átila Froehlich | A Notícia
Com pontualidade britânica, o Airbus A319 da TAM, vindo de Guarulhos (SP), aterrissou no Aeroporto Lauro Carneiro de Loyola, em Joinville, às 9h50 desta sexta-feira. O que tinha tudo para ser mais um pouso rotineiro, contudo, se tornou motivo de celebração para a equipe técnica e a superintendência do terminal, que não disfarçaram a satisfação de acompanhar o pouso do primeiro dia oficial de funcionamento do ILS em Joinville.
Na quinta-feira,o voo 01532 da Gol foi o primeiro a usar o sistema. O tema foi manchete de “A Notícia” desta sexta-feira.
Na pauta da Infraero desde 1987 e alvo de inúmeros entraves burocráticos nos últimos cinco anos, o ILS entra em operação como um dos maiores passos dados pela equipe técnica do Lauro Carneiro de Loyola desde o começo de sua história. O equipamento vem, inclusive, para corrigir um déficit econômico municipal no setor de transportes de passageiros.
Devido à grande quantidade de fechamentos e cancelamentos de voos por causa das condições climáticas adversas da região – 339 horas com operações suspensas só em 2013 –, muitos passageiros acabavam optando por comprar suas passagens para aeroportos próximos.
— Cerca de 80% das passagens compradas aqui eram para embarques em aeroportos próximos. Com um fluxo de embarques diminuído, a oferta de voos acaba sendo menor, fator que, consequentemente, aumenta o preço das saídas de Joinville — explica Mário Cezar de Aguiar, presidente da Associação Empresarial de Joinville (Acij), que se diz otimista com o futuro das operações no terminal.
Rones Heidemann, superintendente da Infraero em Joinville, reconhece que toda a questão de atrasos deve ser rapidamente minimizada com o ILS. Para ele, haverá mais segurança, frequência, compromisso com horários, oferta e demanda de voos.
— A operação do equipamento vai permitir aproximações com teto de 60 metros e visibilização da pista a partir dos 1.200 metros — explica Heidemann.
Em outras palavras, o piloto da aeronave vai conseguir fazer as manobras de aterrissagem mesmo sem visibilidade completa da pista. Um sistema de geoposicionamento vai permitir que o avião, por meio do computador de bordo, consiga fazer a aproximação em dias de neblina intensa ou de muita chuva, ficando menos dependente do clima ou da luminosidade para continuar com o funcionamento normal.
Com o ILS, a estimativa é de que o aumento de fluxo em embarques e desembarques se aproxime dos 50%, o que totalizaria uma movimentação de quase 600 mil passageiros até o final de 2014.
A tendência a curto prazo é de que, até mesmo pelo crescimento da confiabilidade de clientes e do mercado aéreo em geral, a procura por voos saindo de Joinville também aumente, impactando diretamente na quantidade de voos diários – atualmente são dez opções – e na diminuição do preço das passagens como uma consequência.
"Foi uma das aterrissagens mais tranquilas", diz piloto
Poucas pessoas conhecem tão bem os céus entre Joinville e São Paulo quanto o comandante Marcelo Sanchez. Atualmente no comando de um Airbus A319 da TAM, ele faz a rota entre as duas cidades há mais de 22 anos. Sanchez também comemora a chegada do ILS no Lauro Carneiro de Loyola, e lembra das inúmeras vezes em que precisou modificar a rota por conta do clima instável da cidade.
— Ao menos da minha parte, o ILS de Joinville está testado e aprovado. Era a ferramenta que faltava para otimizar de uma vez por todas o tráfego aéreo na região. Com tantos anos de experiência em avião, sei que a homologação do aparelho não sai sem muito trabalho dos envolvidos — destacou Sanchez.
Para ele, o sistema oferece condições de segurança não só para essas equipes, mas principalmente para passageiros e para os técnicos.
— Esta foi a primeira vez que pousei em Joinville com ajuda do ILS, e foi uma das aterrisagens mais tranquilas em tempos. Todos ganham — comemora.
O homem por trás da máquina
Com uma trajetória que muitas vezes se confunde com a do próprio aeroporto, o superintendente da Infraero em Joinville, Rones Heidemann, andava pelo pátio de aeronaves sem esconder seu orgulho. Há 27 anos trabalhando no Lauro Carneiro de Loyola – os últimos três como superintendente —, ele foi um dos responsáveis por colocar a tecnologia do ILS para funcionar em Joinville.
De sorriso fácil, Rones lembra que já foi gerente, coordenador, chefe de logística e chefe de transportes nestas quase três décadas no aeroporto, e que abraçou a luta pela homologação desde o começo, quando as dificuldades nos pousos do Lauro Carneiro de Loyola ficaram evidentes. Reconhecido pelos funcionários e amigos como um modelo de excelência em gestão, o que talvez se justifique pelo fato de ter passado por praticamente todos os cargos dentro do terminal, Rones atribui a homologação do ILS em Joinville a um grande trabalho em equipe.
— É uma conquista da cidade. Desde o começo, entidades empresariais, a Prefeitura e o próprio "AN" estiveram ao nosso lado nesta luta. Nossa equipe técnica foi apenas o meio para fazer acontecer — explicou Heidemann.
Na quinta-feira,o voo 01532 da Gol foi o primeiro a usar o sistema. O tema foi manchete de “A Notícia” desta sexta-feira.
Na pauta da Infraero desde 1987 e alvo de inúmeros entraves burocráticos nos últimos cinco anos, o ILS entra em operação como um dos maiores passos dados pela equipe técnica do Lauro Carneiro de Loyola desde o começo de sua história. O equipamento vem, inclusive, para corrigir um déficit econômico municipal no setor de transportes de passageiros.
Devido à grande quantidade de fechamentos e cancelamentos de voos por causa das condições climáticas adversas da região – 339 horas com operações suspensas só em 2013 –, muitos passageiros acabavam optando por comprar suas passagens para aeroportos próximos.
— Cerca de 80% das passagens compradas aqui eram para embarques em aeroportos próximos. Com um fluxo de embarques diminuído, a oferta de voos acaba sendo menor, fator que, consequentemente, aumenta o preço das saídas de Joinville — explica Mário Cezar de Aguiar, presidente da Associação Empresarial de Joinville (Acij), que se diz otimista com o futuro das operações no terminal.
Rones Heidemann, superintendente da Infraero em Joinville, reconhece que toda a questão de atrasos deve ser rapidamente minimizada com o ILS. Para ele, haverá mais segurança, frequência, compromisso com horários, oferta e demanda de voos.
— A operação do equipamento vai permitir aproximações com teto de 60 metros e visibilização da pista a partir dos 1.200 metros — explica Heidemann.
Em outras palavras, o piloto da aeronave vai conseguir fazer as manobras de aterrissagem mesmo sem visibilidade completa da pista. Um sistema de geoposicionamento vai permitir que o avião, por meio do computador de bordo, consiga fazer a aproximação em dias de neblina intensa ou de muita chuva, ficando menos dependente do clima ou da luminosidade para continuar com o funcionamento normal.
Com o ILS, a estimativa é de que o aumento de fluxo em embarques e desembarques se aproxime dos 50%, o que totalizaria uma movimentação de quase 600 mil passageiros até o final de 2014.
A tendência a curto prazo é de que, até mesmo pelo crescimento da confiabilidade de clientes e do mercado aéreo em geral, a procura por voos saindo de Joinville também aumente, impactando diretamente na quantidade de voos diários – atualmente são dez opções – e na diminuição do preço das passagens como uma consequência.
"Foi uma das aterrissagens mais tranquilas", diz piloto
Poucas pessoas conhecem tão bem os céus entre Joinville e São Paulo quanto o comandante Marcelo Sanchez. Atualmente no comando de um Airbus A319 da TAM, ele faz a rota entre as duas cidades há mais de 22 anos. Sanchez também comemora a chegada do ILS no Lauro Carneiro de Loyola, e lembra das inúmeras vezes em que precisou modificar a rota por conta do clima instável da cidade.
— Ao menos da minha parte, o ILS de Joinville está testado e aprovado. Era a ferramenta que faltava para otimizar de uma vez por todas o tráfego aéreo na região. Com tantos anos de experiência em avião, sei que a homologação do aparelho não sai sem muito trabalho dos envolvidos — destacou Sanchez.
Para ele, o sistema oferece condições de segurança não só para essas equipes, mas principalmente para passageiros e para os técnicos.
— Esta foi a primeira vez que pousei em Joinville com ajuda do ILS, e foi uma das aterrisagens mais tranquilas em tempos. Todos ganham — comemora.
O homem por trás da máquina
Com uma trajetória que muitas vezes se confunde com a do próprio aeroporto, o superintendente da Infraero em Joinville, Rones Heidemann, andava pelo pátio de aeronaves sem esconder seu orgulho. Há 27 anos trabalhando no Lauro Carneiro de Loyola – os últimos três como superintendente —, ele foi um dos responsáveis por colocar a tecnologia do ILS para funcionar em Joinville.
De sorriso fácil, Rones lembra que já foi gerente, coordenador, chefe de logística e chefe de transportes nestas quase três décadas no aeroporto, e que abraçou a luta pela homologação desde o começo, quando as dificuldades nos pousos do Lauro Carneiro de Loyola ficaram evidentes. Reconhecido pelos funcionários e amigos como um modelo de excelência em gestão, o que talvez se justifique pelo fato de ter passado por praticamente todos os cargos dentro do terminal, Rones atribui a homologação do ILS em Joinville a um grande trabalho em equipe.
— É uma conquista da cidade. Desde o começo, entidades empresariais, a Prefeitura e o próprio "AN" estiveram ao nosso lado nesta luta. Nossa equipe técnica foi apenas o meio para fazer acontecer — explicou Heidemann.