Engenheiros da Radioelektronnie Tekhnologui pretendem até 2015 tirar a primeira licença da EASA destinada à fabricação dos equipamentos aeronáuticos de bordo. Isso permitirá a entrada dos sistemas aviônicos russos no mercado internacional, assim como substituição dos equipamentos importados nas aeronaves nacionais.


Ekaterina Turicheva, Reportagem combinada | Gazeta Russa

A corporação russa Radioelektronnie Tekhnologui apresentou uma solicitação para certificação dos seus produtos junto à EASA (Agência Europeia para a Segurança da Aviação) que, de acordo com as estimativas, deverá ser concluída até o ano de 2015. O certificado emitido pela EASA autoriza a compra e o uso dos equipamentos de aviação pelas empresas aéreas europeias e de outros países que seguem as normas da agência.

O diretor do departamento aeronáutico do Ministério de Indústria e Comércio, Andrêi Boguinski, acredita que, no futuro próximo, todos os equipamentos de bordo e sistemas dos aviões e helicópteros nacionais serão fabricados em território russo. “A autorização da EASA seria mais um passo para o aumento da receita dos fabricantes dos aparelhos nacionais”, diz.

A aquisição da licença resultará na instalação de equipamentos de bordo russos em aeronaves comerciais nacionais, tais como MC-21 e Superjet, assim como no avião de médio alcance Yak-242. Atualmente, os sistemas russos, tais como os conjuntos de navegação e comunicação, compõem um pouco mais da metade de todos os equipamentos aeronáuticos. Porém, de acordo com os especialistas, o novo Superjet 100 foi equipado apenas com os aparelhos franceses.

“Com a licença em mãos, as empresas russas poderão oferecer peças de reposição e de manutenção para aeronaves civis e militares”, acrescenta Maskim Kuziúk, diretor-geral do grupo de empresas Aviatsionnoe Oborudovanie. “A realização bem-sucedida da presente estratégia facilitará o crescimento dos índices financeiros, tais como a receita e lucro das empresas do setor devido à redução do preço do produto final, entre outras vantagens.”

Além da substituição dos produtos importados pelos nacionais, os planos do órgão incluem a sua exportação para os atuais destinos principais dos artigos fabricados pelas empresas russas, tais como Índia, países do Sudeste Asiático e América Latina.

Os planos dos desenvolvedores russos dos sistemas eletrônicos incluem ainda a introdução de novos componentes certificados em outros modelos de aeronaves, incluindo o avião militar de transporte Be-200. “Mas os sistemas eletrônicos destinados às aeronaves civis exigirão certa adaptação caso sejam usados para os fins militares, pois não podem conter nenhum componente importado”, explica Oleg Panteleev, editor-chefe da agência de informação AviaPort.



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