O processo da Parceria Público-Privada (PPP) - ainda em estudo - deve incluir ao menos seis aeroportos comerciais que estão sob a gestão do Departamento Aeroviário do Estado de São Paulo (Daesp). Na lista estão Ribeirão Preto, São José do Rio Preto, Bauru/ Arealva, Marília, Araçatuba e Presidente Prudente.
O governo estadual ainda estuda se fará uma PPP por lote ou se fará um processo individual para cada aeroporto que possa a vir a entrar no processo. "No mínimo, serão seis aeroportos. Mas pode entrar algum outro que venha a ter aviação comercial dentro do planejamento das empresas do setor aéreo", afirmou Ricardo Volpi, superintende do Daesp.
A iniciativa das PPP é mais embrionária do que o processo de concessão. Mas, segundo o Daesp, a intenção é concluir todo o processo até o fim da gestão do governo Geraldo Alckmin (PSDB), no ano que vem.
No foco das PPPs estão os aeroportos com o maior número de movimentação de passageiros e, consequentemente, com maior força para atrais investidores. Não à toa a lista inicial tem os três aeroportos mais movimentados da rede estadual: Ribeirão Preto (537.187), São José do Rio Preto (360.483) e Presidente Prudente (120.183).
"Nesses aeroportos, com uma demanda consistente, a chance de haver interesse é maior", afirmou diretor-geral da Associação Brasileira de Aviação Geral (Abag), Ricardo Nogueira. "É como oferecer uma loja que não tem cliente. Qual seria o interesse em pegar um a loja sem clientes?", questionou Nogueira.
Histórico. O número de passageiros na rede da Daesp teve um forte crescimento nos últimos anos, acompanhando a alta da movimentação nos aeroportos de todo o País. Em 2007, o embarque e desembarque nos aeroportos mantido pelo governo do Estado foi de 1,150 milhão de. No ano passado, a movimentação subiu para 2,832 milhões. "A iniciativa privada tem mais condições de acompanhar o dinamismo que é o setor de aviação", afirmou Volpi, do Daesp.
Mercado
O Brasil possui atualmente a segunda maior frota de aviação geral do mundo, crescendo acima de 5% ao ano, e São Paulo detém 28% do total da frota de aviação geral do País.