TSA alega aumento do fluxo de viajantes entre os dois países e o monitoramento de risco pós-11 de setembro

O Estado de SP

BRASÍLIA

Com o aval da Agência Nacional de Transportes Aéreos (Anac), o Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos instalou no Brasil um escritório da Transportation Security Administration (TSA), a agência de controle e monitoramento de segurança de voos civis norte-americana. A justificativa
para a criação do órgão no Brasil é o aumento do fluxo de passageiros entre os dois países, em especial com grandes eventos, e o monitoramento de risco pós-11 de setembro. 


Telegramas diplomáticos obtidos pelo Estado detalham a pressão dos Estados Unidos para a instalação do escritório brasileiro da TSA, que hoje funciona na Embaixada dos Estados Unidos em Brasília. A chamada adidância é responsável por fornecer às autoridades brasileiras informações sobre segurança, estabelecer diálogo sobre normas e procedimentos da aviação comercial, auxiliar na resposta de incidentes ou ameaças a aeroportos e companhias áreas, coordenar troca de informações sobre a segurança aeroportuária e planejamento logístico de visitas técnicas.

Bagagens 


No próximo mês, a agência norte-americana vai flexibilizar a lista de itens que são permitidos em bagagens de mão, autorizando a entrada com facas pequenas e alguns objetos esportivos nos aviões. A Anac não respondeu se também vai revisar seus parâmetros. 

O termo de cooperação técnica entre a administração de segurança no transporte do Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos e a agência brasileira foi assinado em julho de 2012, após a aprovação da diretoria colegiada da Anac. 


Segundo o órgão brasileiro, a proximidade entre as duas instituições favoreceu a coordenação e o planejamento de visitas técnicas de autoridades nos aeroportos dos dois países e ampliou a parceria nos processos de capacitação e treinamento em segurança da aviação civil.


A agência americana foi criada logo após os ataques de 11 de setembro de 2001 com o objetivo de reforçar a segurança nos sistemas de transporte dos Estados Unidos, incluindo segurança nos aeroportos e inspeção de todos os passageiros de companhias aéreas comerciais, assim como as bagagens. No ano passado, o orçamento do órgão foi de U$ 8,1 bilhões. 


Segundo dados registrados em 2011, a TSA tinha 23 escritórios destacados para atender regiões com voos para os Estados Unidos - Brasil, Equador, Colômbia e Paraguai eram atendidos por escritório especifico em Washington. Atualmente o Brasil tem voos diretos para os Estados Unidos partindo de Manaus, Recife, Salvador, Brasília, Belo Horizonte, Rio, São Paulo e Campinas. 


Relatório da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) referente ao mês de janeiro demonstra que somente no primeiro mês no ano passaram pelos aeroportos brasileiros 6.638 aeronaves internacionais, 656.501 passageiros estrangeiros e 12.145.522 cargas internacionais.

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