Por Daniel Rittner | Valor
De Brasília
A tarifa média das passagens aéreas caiu 9,3% em 2011 e 44,9% nos últimos dez anos, segundo o último levantamento feito pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), com dados de outubro.
Naquele mês, a viagem doméstica custava pouco mais de R$ 265,
Em qualquer comparação, há queda também em outro índice usado pela agência, o de "yield" das tarifas. O indicador é considerado útil porque mede o valor que os passageiros pagam, em média, por cada quilômetro voado. As rotas mais longas tendem a ter yield menor, já que os custos das empresas - com decolagem e aterrissagem, atendimento em terra aos passageiros, processamento de bilhetes - são diluídos por mais quilômetros. Até outubro, o yield médio de 2011 estava em R$ 0,331. O valor representa queda de 7,3% em relação ao anterior e redução de 26,1% em uma década.
A Anac lembra que fatores como o grau de concorrência em determinadas rotas, a antecedência de compra do bilhete e o período (alta ou baixa temporada) influenciam fortemente os preços.
Nos levantamentos da Anac são considerados os dados de passagens domésticas vendidas ao público adulto, independentemente de escalas ou conexões, antecedência de compra do bilhete, dia do voo, tempo de permanência do passageiro no destino e canal de venda. Não são contabilizados os bilhetes oferecidos gratuitamente, emitidos por programas de milhagem, vinculados a pacotes turísticos e tarifas diferenciadas (convênios corporativos, para crianças ou pessoal da própria companhia).
Há, portanto, significativas diferenças metodológicas na comparação com o IBGE. Nenhuma está errada. Só são aferições distintas. A pesquisa do IBGE é feita nos sites das empresas e verifica passagens com partida aos sábados de uma semana e retorno aos domingos da semana seguinte. O valor da tarifa é pesquisado entre 30 e 60 dias antes da data de embarque. As rotas selecionadas correspondem às capitais dos Estados onde estão as cidades mais visitadas do país, em todos os horários disponíveis no momento da consulta. No caso de cidades onde há mais de um aeroporto, pesquisa-se sempre no "principal", segundo o IBGE.
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