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Operadora russa de helicópteros planeja joint venture no Brasil

Objetivo da operadora é prestar serviços de helicóptero a projetos brasileiros off-shore.

Gazeta Russa

A operadora UTair está negociando a possibilidade de uma joint venture com uma empresa brasileira, anunciou o diretor-geral da Utair, Andrêi Martirossov, no final de janeiro passado, sem fornecer maiores detalhes. Sabe-se, porém, que a parceria não será necessariamente realizada com uma transportadora aérea. A joint venture deverá ser anunciada até ao final deste ano.


A expansão da UTair em direção ao mercado latino-americano começou há três anos com a compra da maior operadora de helicópteros peruana, a Helisur. Com essa compra, a UTair planejava entrar nos mercados de outros países latino-americanos, mas até agora só conseguiu um projeto concreto no Brasil.

A Helisur tem entre seus clientes muitas das maiores empresas mineiras e petrolíferas da América do Sul, inclusive a brasileira Petrobras. Sem essa base de clientes a UTair teria dificuldades em competir com grandes empresas que já operam nesse mercado, como a Brazillian Helicopter Services (subsidiária da canadense CHC Helicopter Corporation, com uma frota de 250 helicópteros e aviões) e Aeroleo Air Táxi (subsidiária da britânica Bristow Hellicopters, com 385 helicópteros).

O núcleo da frota da UTair, que opera 330 aeronaves, são helicópteros russos Mil e aeronaves leves Robinson e Eurocopter. “Os helicópteros Eurocopter da versão EC-175 serão utilizados nas operações off-shore”, disse Martirossov.

Não é a primeira vez que a UTair vai trabalhar com companhias de petróleo. Seu principal acionista é a quarta maior empresa petrolífera russa, Surgutneftegas, com uma das sedes na cidade de Surgut, um dos maiores centros de extração de petróleo da Rússia. A UTair presta serviços de helicóptero às empresas Rosneft e ao grupo Síntese em missões on-shore.

A extração de gás e petróleo off-shore no país se encontra em estado embrionário, o que não é o caso do Brasil, onde jazidas de alto mar como Marlim e Roncador, com reservas totais de mais de 1 bilhão de toneladas, respondem por cerca de 70% da produção de petróleo no país. Cerca de 130 plataformas de petróleo fixas e móveis se situam perto da costa brasileira, enquanto, no mundo, seu número não ultrapassa 400.

A plataforma continental brasileira é cobiçada por investidores de todo o mundo. A 250 km do Rio de Janeiro, se encontra o campo petrolífero de Tupi, uma das maiores jazidas do mundo descobertas nos últimos 30 anos. Suas reservas potenciais são avaliadas em 5 bilhões de barris. “Se as companhias brasileiras de petróleo seguirem a estratégia traçada pelo governo, em 2015 o Brasil alcançará a Venezuela em termos de petróleo e, em 2020, o líder mundial, a Arábia Saudita”, afirma o vice-diretor do Instituto de América Latina da Academia de Ciências da Rússia, Borís Martinov.

“Temos o que aprender com os brasileiros na prospeção geológica, perfuração e produção de petróleo”, diz o cientista. De acordo com Martinov, a Rússia deve cooperar com o Brasil em matéria de produção e refinação de petróleo e não se limitar à prestação de serviços. O cientista não exclui que o exemplo da UTair no mercado brasileiro seja seguido por companhias de petróleo russas.

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