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Movimento de passageiros deve crescer 22%

A chegada de passageiros de fora do país deve aumentar este ano

Valor

A direção do Aeroporto do Galeão espera que este ano passem por seus portões e pontes de embarque e desembarque cerca de 15 milhões de passageiros (foram 6,9 milhões no primeiro semestre, sendo 1,8 milhões em voos internacionais), com crescimento de 22% sobre os 12,3 milhões de usuários de 2010 e de 200% sobre os 5,06 milhões do ano 2000. O número previsto para este ano corresponde a 86,7% da capacidade instalada atual, que é de 17,2 milhões de passageiros. Para 2014 a previsão é de que o movimento fique entre 17,2 milhões e 20,2 milhões de passageiros.


A atual direção do aeroporto vem comemorando a atração de muitas empresas de aviação internacionais, muitas delas que já haviam voado para o Rio no passado. Em junho deste ano, a Alitalia retornou e estão previstos para outubro e novembro os retornos da Lufthansa e da KLM. 

Também em outubro a British Airways aumentará sua frequência de voos semanais para Londres de três para seis. Para janeiro de 2012 está prevista a chegada da Emirates e a direção do aeroporto está negociando a vinda da Singapore Airlines.
 
O crescimento da demanda e o retorno de empresas internacionais que utilizaram o Galeão no passado é comemorado pela Infraero. "Estamos empenhados em mudar a imagem ruim. Há muito a fazer, mas as obras não param", diz o superintendente Abibe Ferreira Júnior, que atribui a sobrevivência da "pecha" a um "espancamento muito grande" no passado.

 
Para Delmo Pinho, subsecretário de Transportes do Estado do Rio, o Galeão é o único aeroporto em condições de crescer sem maiores restrições, absorvendo a demanda que os aeroportos paulistas já não conseguem dar conta e tornando-se novamente um "hub" nacional. Segundo seus cálculos, 40% dos voos que passam por Guarulhos, Congonhas e Viracopos não são destinados a São Paulo, provocando sobrecarga.

 
"Esse tesouro, só o Rio de Janeiro tem: o aeroporto certo, no local certo e no tamanho certo", afirma Pinho. Ele avalia que o Galeão segura a demanda da região Sudeste até 2018, mas reclama da falta de agilidade para implementar as mudanças necessárias. Além das dúvidas quanto à realização das reformas mais básicas, como os novos estacionamentos, o subsecretário de Transportes do Rio duvida da execução em tempo hábil de outras obras que ainda não entraram para valer no cronograma da Infraero, como a construção de dois terminais sem pontos de conexão para aeronaves ("concourses") com capacidade total para 5 milhões de passageiros por ano.

 
Esses "concourses" ficariam à margem do pátio de estacionamento de aviões, do outro lado dos dois terminais de embarque e desembarque e serviriam para desafogá-los. O superintendente Ferreira confirmou que os "concourses" estão no planejamento da Infraero, mas não deu prazo para execução das obras. Para Pinho, a grande dificuldade para construir os "concourses" será definir como os passageiros vão circular entre eles e os terminais de embarque.

 
Para Pinho, a Infraero perdeu a capacidade de planejamento desde a extinção do Instituto de Aviação Civil (IAC), órgão de planejamento estratégico que era vinculado ao Departamento de Aviação Civil (DAC), da Aeronáutica. O governo do Rio aposta suas fichas na concessão do aeroporto do Galeão, assim como será feito com Guarulhos, Viracopos e Brasília. Para Pinho, foi bom que o Rio tenha ficado para uma segunda leva, porque, no seu entendimento, a primeira vez sempre é passível de apresentar falhas.

 
Pelo menos em um ponto, Estado e Infraero estão se entendendo: o superintendente do Galeão disse que já foi procurado pelas autoridades estaduais para negociar a área onde ficará a estação do corredor de ônibus expresso (BRT na sigla em inglês) que deverá ligar o aeroporto à Barra da Tijuca, prometendo resolver um dos mais graves problemas do terminal carioca, o da acessibilidade.

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