Zero Hora

O avanço de 20% no movimento de passageiros colocou uma lupa na infraestrutura sem investimentos dos aeroportos brasileiros. Premido pela Copa do Mundo de 2014 e com poucas ações efetivas realizados, o governo federal se viu obrigado a começar a agir. Uma das medidas foi a criação, em março passado, da Secretaria de Aviação Civil (SAC).

 
Com status de ministério, nasceu com a obrigação de solucionar os problemas do setor, antes de responsabilidade do Ministério da Defesa. Com o surgimento da pasta, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) passaram a integrar a SAC.

 
Para o comando da instituição, depois de algumas negativas de convidados, a presidente Dilma Rousseff nomeou o engenheiro Wagner Bittencourt, então diretor de Infraestrutura, Insumos Básicos e Estruturação de Projetos do BNDES, funcionário de carreira do banco desde 1975.

 
A secretaria é composta por gabinete, secretaria executiva e três secretarias operacionais: Política Regulatória, Aeroportos e Navegação Aérea Civil. O orçamento para 2011 é um dos menores do governo Dilma: R$ 9,6 milhões.
 

Ministro big brother
 
É com um controle remoto na mão que o ministro da Aviação Civil, Wagner Bittencourt, controla diariamente os principais aeroportos do país. No amplo gabinete, uma tela plana de 52 polegadas expõe em tempo real a rotina dos terminais, do balcão de check-in à esteira de bagagens, um big brother da aviação, hoje um dos gargalos da infraestrutura do país.

 
– Quando noto que alguma fila não anda, ligo para saber o que está acontecendo. A fila pode ser grande, mas tem de andar – comenta.

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