Processo escolherá os responsáveis pelas diretrizes de expansão de 14 aeroportos
Brasil Econômico
O futuro de 14 dos principais aeroportos do país começa a ser definido nos próximos meses. A Infraero já tem em mãos o resultado técnico da licitação que escolherá as empresas responsáveis pela elaboração dos planos diretores de cada um deles. E promete para junho a abertura das propostas de preços, o julgamento das propostas e a fase de recursos. Com isso, afirma a estatal, será possível homologar o resultado no mês de julho.
“Cabe destacar que o cronograma está sujeito a alterações em função de recursos administrativos dos licitantes que podem ser apresentados durante a fase de julgamento das propostas”, ressalva, em comunicado.
Elaborados com base em projeções de demanda, os planos diretores orientarão a expansão dos aeroportos pelos próximos 20 anos e são pré-requisitos para que o governo possa licitar qualquer obra civil. Eles contêm uma lista de melhorias que devem ser feitas ao longos dos anos para que a expansão da capacidade de recepção e envio de cargas e passageiros seja atendida ao longo dos anos. É a partir deles que são desenvolvidos projetos executivos de novos terminais, estacionamentos e pistas de pouso e decolagem, por exemplo.
“A legislação diz que obras em aeroportos só podem ser feitas com base em um planejamento global”, afirma Edison Morozowski, sócio e presidente da Morozowski & Perry Arquitetos, uma das empresas que participam da concorrência.
A atual licitação está dividida em quatro lotes. No primeiro aparecem cinco aeroportos da região Sudeste: Confins, Pampulha, em Minas; Galeão, Santos Dumont e Jacarepaguá, no Rio de Janeiro. No segundo, estão Afonso Pena, de Curitiba; Salgado Filho, de Porto Alegre; Cumbica e Congonhas, de São Paulo. O terceiro lote inclui os aeroportos Augusto Severo, de Natal, e Luís Eduardo Magalhães, de Salvador. Por fim, o lote quatro é formado por Brasília; Marechal Rondon, de Cuiabá; e Eduardo Gomes, de Manaus. Todos em estados onde haverá jogos da Copa do Mundo.
Entre as empresas com propostas técnicas mais bem colocadas na licitação estão a Concremat (lote 1, 3 e 4), o consórcio formado pela Morozowski & Perry e a Aeroservice (lotes 1, 2, 3 e 4), e a Themag (lote 4).
A contratação de todos os projetos deverá custar aos cofres da Infraero pouco menos de R$ 10 milhões. O cronograma desde o início dos trabalhos até a aprovação pela estatal é de sete meses. O que viabilizaria a licitação de obras civis apenas no início do ano que vêm.
Após a licitação dos planos dos 14 aeroportos em questão, há a expectativa no mercado de que a Infraero abra licitação para a elaboração das diretrizes de expansão de outros 16.