Valor
Fontes ouvidas pelo Valor dizem que Falco teria aumentado as chances de ser convidado, principalmente, após as especulações de que estaria deixando o comando da Oi, passando a ser um nome disponível no mercado. Além disso, teria apoio dos fundos de pensão ligados a empresas estatais.
"Ele é um executivo tarimbado, respeitado pelo setor privado. Além disso, já foi vice-presidente da TAM, o que lhe garante conhecimento do setor", disse uma pessoa que acompanha as negociações para a criação da Secretaria de Aviação Civil.
Para articuladores do governo, pesaria contra Falco o fato de ser presidente da Oi, empresa que tem como um dos acionistas a construtora Andrade Gutierrez. A empresa já manifestou planos de construir o terceiro aeroporto em São Paulo, além de já investir em aeroportos fora do país. "Seria um péssimo sinal criar uma Secretaria para organizar o setor e indicar um nome apoiado por uma empresa que tem interesses diretos na área", disse uma fonte com livre trânsito no Planalto.
Outros nomes surgem com menos força, como o do ex-ministro das Cidades Márcio Fortes. Fortes poderia ser uma solução mais simples, já que não é um nome disputado pela iniciativa privada.
Mas o Valor apurou que a intenção da presidente Dilma é indicá-lo para presidir um Eximbank, um banco de apoio às exportações ligado ao BNDES. "O governo precisava ter pressa para indicar o nome do presidente da Infraero. Para esta vaga foi confirmado o nome de Gustavo do Vale, ex-diretor do Banco Central. As demais vagas serão discutidas com calma", declarou um aliado de Dilma. PTL