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Viagens indigestas

Mais de 20 mil passageiros já foram atendidos pelos juizados dos aeroportos

Jornal de Brasília

Os juizados instalados com o apoio da Corregedoria Nacional de Justiça nos cinco principais aeroportos brasileiros atenderam cerca de 3.500 pessoas no mês de janeiro. As unidades buscam solucionar, por meio de conciliação, problemas enfrentados pelos passageiros na hora de viajar, como overbooking, atraso e cancelamento de voos, extravio de bagagens, entre outros. Do total de reclamações recebidas no mês (cerca de 1 mil), aproximadamente 30% foram solucionadas por meio de acordo amigável entre o viajante e a companhia aérea ou órgão governamental.

Os dados se referem aos atendimentos prestados no Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek, em Brasília, além dos aeroportos de Guarulhos e Congonhas em São Paulo, Galeão e Santos Dumont no Rio de Janeiro. Desde que entraram em funcionamento, em julho de 2010, os juizados dos cinco aeroportos atenderam 20 mil passageiros que enfrentaram problemas na hora de viajar. Desse total, aproximadamente oito mil pessoas protocolaram reclamações nas unidades e 2.477 acordos foram realizados. Outras 11.066 pessoas recorreram aos juizados para obter informações ou orientações. Em cada juizado, por exemplo, os passageiros podem solucionar de imediato problemas enfrentados, por meio de conciliação. Quando o acordo não é possível, o cidadão pode dar entrada em um processo que vai tramitar no juizado mais próximo do domicílio do reclamante.

CERVEJA NA MALA - Foi o que aconteceu com o fisioterapeuta Ademar Nunes Coelho Júnior, morador de Governador Valadares (MG), que recorreu ao juizado do Aeroporto JK, em Brasília. Ademar conta que despachou sua mala em Confins, na região de Belo Horizonte, com destino a Brasília, para reunião no Conselho Nacional de Fisioterapia. A viagem foi tranquila, mas, ao desembarcar na capital federal, ele teve uma surpresa desagradável: a bagagem estava danificada, com o cadeado quebrado e encharcada por bebida alcoólica.

O passageiro comunicou o fato à companhia aérea e registrou ocorrência. A empresa pediu 20 dias para arrumar a mala, mas não se posicionou sobre as roupas, que exalavam um forte cheiro de cerveja. Ele procurou o Juizado Especial na tentativa de resolver o problema, mas a resposta da empresa, apesar de reconhecer a falha, foi pedir três dias para lavar as roupas, além de manter o prazo de 20 dias para o conserto. Não houve conciliação, e Ademar decidiu cobrar o prejuízo na Justiça. “Viajo com frequência e não posso ficar sem a mala. Penso que a empresa deveria resolver o problema no mesmo dia, para amenizar o transtorno que me causou”, diz.

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