Por Alberto Alerigi Jr. e Vivian Pereira - Reuters
SÃO PAULO (Reuters) - A companhia aérea Gol espera uma desaceleração no crescimento da demanda doméstica brasileira por transporte aéreo neste ano e estabilidade no preço médio de passagens na comparação com 2010.
A segunda maior empresa do setor do país, atrás da TAM, estima um crescimento de 10 a 15 por cento na demanda doméstica de passageiros em 2011. No ano passado, o mercado cresceu a taxas acima de 20 por cento.
A redução no ritmo de expansão decorre, segundo a empresa, do histórico do setor, que cresce a taxas de entre 2,5 e 3 vezes o Produto Interno Bruto. Para 2011, a expectativa do mercado para o PIB está entre 4 e 5 por cento ante uma projeção de cerca de 7 por cento em 2010.
A Gol pretende aumentar sua frota em quatro aeronaves este ano sobre as 111 do final de 2010 e expandir o uso dos aparelhos para acima de 13 horas por dia, ante cerca de 13 horas no ano passado. Três jatos chegarão à empresa no terceiro trimestre.
A companhia também estima que a taxa de ocupação dos aviões fique em cerca de 70 por cento em 2011, enquanto o yield médio, indicador que mede os preços cobrados por passagens, deve ser estável em relação ao ano passado, entre 19,5 e 21 centavos de real.
"O Brasil apresenta alto potencial de crescimento pela adição de voos diretos entre cidades situadas nas regiões Sul, Norte e Nordeste do Brasil, criação de frequências adicionais entre rotas já existentes, e pela criação de voos para regiões de densidade populacional acima de 1 milhão de habitantes em um raio de aproximadamente 200 quilômetros de distância", afirma a companhia em comunicado ao mercado.
Segundo a Gol, as projeções para este ano serão avaliadas trimestralmente.