De janeiro a novembro, 61,2 milhões de passageiros viajaram pelo Brasil
Zero Hora
Às vésperas de um dos feriados mais movimentados nos aeroportos, as estatísticas sobre embarques e desembarques aéreos Brasil confirmam novo recorde na série iniciada em 1993. De janeiro a novembro, 61,2 milhões de passageiros passaram por aeroportos brasileiros em voos domésticos.
Embalado pelo aumento da renda e da facilidade de pagamento, além do avanço do classe C, que se torna um mercado consumidor em expansão, o crescimento na movimentação chegou a 9,29%, na comparação com igual período de 2009. Em todo o ano passado, houve 56 milhões de embarques e desembarques, conforme dados da Infraero, estatal que administra aeroportos no país. Considerando apenas novembro, a Infraero contabilizou 5,8 milhões de desembarques, alta de 13% ante igual mês do ano passado.
– Podemos terminar 2010 com mais de 66 milhões de desembarques domésticos – estima o diretor de Estudos e Pesquisas do Ministério do Turismo, José Francisco Lopes.
Os desembarques internacionais (7,2 milhões) cresceram 21,3% no acumulado dos 11 meses.
A três dias do fim do ano, a movimentação nos principais aeroportos ontem foi marcada por elevado índice de atraso em Belo Horizonte, em razão de chuvas na região. O mau tempo prejudicou mais as operações da Webjet, companhia que usa muito o terminal na capital mineira. Às 22h, a empresa tinha índice de atraso de 44%. No dia anterior, havia alcançado 60%. Os atrasos e cancelamentos recorrentes levaram a Agência Nacional de aviação Civil (Anac) a colocar fiscais no centro de operações da Webjet no Rio para monitorar a movimentação.
No Salgado Filho, em Porto Alegre, a Webjet cancelou três voos, causando transtornos a centenas de passageiros. O maior problema ocorreu no voo 5706, que deveria ter decolado às 8h28min do terminal 2, com destino a Brasília.
Após os passageiros realizarem o check-in e ingressarem na sala de embarque, a empresa informou que o voo havia sido cancelado, e todos retornaram ao saguão. Os passageiros tiveram de retirar a bagagem e embarcar em um ônibus que os levou para o terminal 1.
– Comprei a passagem em novembro e tenho que enfrentar esse transtorno – reclamou o aposentado João Milton Machado.
– A situação é incômoda. É lamentável – acrescentou o empresário Lídio Coletto.