Companhias pedem à Administração Federal de Aviação dos EUA autorização para voos em parceria
Alex Ribeiro, de Washington - Valor
A brasileira TAM e a americana Continental Airlines pediram à Administração Federal de Aviação dos Estados Unidos (FAA, na sigla em inglês) autorização para operarem voos em parceria, um passo a mais do processo de integração das duas empresas na Star Alliance, uma rede internacional que reúne 27 companhias aéreas de diferentes partes do mundo.
As maiores oportunidades de crescimento, diz ele, estão principalmente no Norte e Nordeste, onde a renda da população brasileira cresce mais rápido. Outras companhias aéreas estão criando voos para cidades como Recife e Manaus. A estratégia da Continental é preferencialmente atender as duas maiores cidades do país com seus aviões, Rio e São Paulo, e distribuir os passageiros em outras localidades por meio da rede da TAM
Tecnicamente, o pedido é para operar o "code share", ou seja, permitir que a TAM faça voos entre Brasil e EUA para a Continental, e vice versa. O pacote encaminhado à FAA, regulador americano da aviação civil, é para que a TAM possa distribuir em seus voos dentro do Brasil, em nome da Continental, passageiros da companhia americana. A TAM teria o mesmo benefício nos EUA. Hoje, a TAM já tem uma parceria semelhante com a United Airlines.
Não há uma data para a FAA dar a resposta final, por isso as duas empresas ainda não sabem ainda quando poderão começar a operar em parceria. "Gostaríamos de começar a operar o mais rápido possível", disse Slater. Ele não abre os números, que considera estratégicos, mas informa que a operação no Brasil vai muito bem, com voos lotados. A TAM confirmou o pedido do "code share", mas não ofereceu mais detalhes.
A Continental é um membro novo da Star Alliance, com sua filiação formalizada em fins de outubro. Antes, a companhia fazia parte da Sky Team, uma outra rede que reúne companhias aéreas de diferentes partes do mundo.
Slater explica que o promissor mercado da América Latina é uma das razões que moveram a companhia a trocar a Sky Team pela Star Alliance. A companhia tem uma operação relativamente grande no México, mas tinha interesse de ampliar em outros países da região. Na Star Alliance, estão companhias com maior presença na região, como a TAM. "É uma forma de a gente preencher algumas lacunas que existiam na América Latina", afirma Slater. Vantagens nas operações na Ásia e Europa também pesaram na decisão, assim como a menor sobreposição de linhas em relação à Sky Team.
0 Comentários