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Estudo aponta saturação de aeroportos para a Copa 2014

Alerta foi dado por pesquisa do Sindicato das Empresas Aeroviárias

Michelly Chaves Teixeira

AGÊNCIA ESTADO

Os principais aeroportos do Brasil operam acima da capacidade e dificuldades para atender a demanda podem chegar antes de 2014, quando o Brasil será a sede da Copa do Mundo. É o que aponta estudo do Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (Snea) sobre as 12 cidades que receberão o evento.

O comandante Ronaldo Jenkins, diretor do Snea, alerta para o risco de vários aeroportos não terem condições de receber novos voos. "Não falo de um novo apagão nos moldes daquele de 2007, mas de uma perspectiva ruim no que diz respeito à qualidade do serviço."

Para Jenkins, obras de ampliação de pátios de aeronaves e de terminais de passageiros já deveriam estar prontas. "Mas a maior parte dos investimentos em obras está prevista para 2012 e 2013.
 
E há projetos que devem acabar só em 2014. O cronograma está muito apertado, principalmente ao considerar que eventuais problemas ambientais ou judiciais podem atrasar ainda mais as obras", disse.

"Do lado das empresas, o que se pode fazer é usar a tecnologia para acelerar o atendimento ao cliente."

O Aeroporto de Guarulhos é um dos que trabalham acima da capacidade. Em 2009, estava preparado para receber 20,5 milhões de passageiros. O que se viu, conforme o Snea, foi um movimento de 21,6 milhões de pessoas ? número que difere do apresentado pela Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), de 20,5 milhões. Após as obras de ampliação e construção do terceiro terminal, o trânsito de passageiros estimado pelo Snea em 29,5 milhões em 2014, ficará bem perto da capacidade projetada para o ano, de 30,5 milhões.

Em Congonhas, a demanda de 13,7 milhões de passageiros superou a capacidade em 1,7 milhão em 2009. Como este terminal não tem muito espaço para crescer, espera-se que no ano da Copa receba 15 milhões de pessoas, encostando no teto de sua capacidade para 2014.

O Aeroporto de Viracopos, em Campinas, que há pouco tempo caiu nas graças das grandes companhias aéreas, está perto da saturação. Segundo o Snea, em 2009 foram 3,4 milhões de pessoas ?

a Infraero aponta 2,9 milhões ?, para uma capacidade de 3,5 milhões. "Com as obras programadas para Viracopos, a capacidade sobe para 11 milhões em 2014 e a demanda esperada é de 7,5 milhões de passageiros."

O aeroporto em pior situação, segundo Jenkins, é o de Brasília, cujo movimento superou em 2,2 milhões de pessoas a capacidade anual, de 10 milhões. "Além de faltar posições de estacionamento para aeronaves, realidade comum a quase todos os aeroportos avaliados, as filas para o check-in se estendem até a parte de fora do terminal e faltam cadeiras nas salas de embarque."

No Rio, o Galeão mostra uma situação confortável. O fluxo estimado pelo Snea em 11,8 milhões de passageiros em 2009 ficou longe da capacidade, de 18 milhões. Para 2014, ano em que o limite deve pular para 26 milhões, espera-se um movimento de 20,7 milhões de pessoas. O Santos Dumont, que em 2009 recebeu 5 milhões de pessoas, deve manter em 2014 o limite de sua capacidade (8,5 milhões).

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