Pular para o conteúdo principal

Infraero abre caminho para integração aérea com o Peru

A Gazeta (AC)

Infraero e Governo do Acre preparam a reedição da parceria que deu origem ao Aeroporto de Cruzeiro do Sul. Desta vez, o convênio, a ser firmado nos próximos dias, se destinará à construção de um moderno terminal de cargas, espaço sem o qual não seria possível proceder ao alfandegamento das mercadorias que virão do território peruano e vice-versa.

“Nada temos a opor. Não há quaisquer restrições da parte da Infraero. O Aeroporto de Cruzeiro do Sul tem tráfego superdimensionado e está pronto para receber mais esta demanda”, afirmou Cleonilson Nicácio, brigadeiro do Ar e presidente da autarquia. A disposição do Estado em construir o terminal de cargas com recursos próprios foi anunciada pelo assessor especial da mesa-diretora da Aleac, Jair Santos.

O aval do brigadeiro atende a um apelo feito pessoalmente pelos deputados Perpétua Almeida, Gladson Cameli e Henrique Afonso, este último coordenador da bancada federal acreana, durante audiência ocorrida na tarde de ontem. O encontro é o penúltimo de uma bem sucedida série de audiências até então que, na prática, destravou as burocracias para garantir a integração aérea entre o Vale do Juruá e o Departamento de Ucayalli.

“Finalizamos mais uma etapa. E comemoramos os bons resultados. O sonho da integração está mais próximo”, festejou Perpétua Almeida. “Não há impasse. Todos, acreanos, brasileiros e peruanos, pensam iguais. E o governo caminha junto com todos”, disse Gladson Cameli. “Agora é esperar chegar a Expojuruá. Lá, teremos, de fato, uma sensação real de que está valendo a pena o esforço de todos”, afirmou Henrique Afonso.

Anuência dada

Anvisa, Ministério da Agricultura, Secretaria Nacional de Aviação Civil e Secretaria Na-cional da Receita Federal já assumiram compromissos para levar estruturas e pessoal à Expojuruá (dias 27, 28, 29 e 30 de agosto). Lá, haverá uma espécie de alfandegamento precário (provisório), em razão de um primeiro vôo cargueiros procedente de Pucalpa com destino a Cruzeiro do Sul. Será uma mostra aos visitantes da feira de como o intercâmbio comercial se dará na prática.

Um grupo de trabalho, com representantes de todos os órgãos, está sendo montado para, na próxima semana, construir um documento no qual será dada uma anuência geral para garantir a internacionalidade do aeroporto. Ou seja, baseado nas garantias dadas esta semana, o Governo Federal confirmará a destinação de fiscais e auditores (para alfandegar e inspecionar produtos).

Tarifa diferenciada

Cruzeiro do Sul e Pucallpa, regiões separadas entre si por apenas 130 quilômetros, são alvo de um planejamento que irá criar tarifas diferenciadas, a serem apresentadas em 30 dias. O estudo foi anunciado por um alto executivo do Ministério das Relação Exteriores, que aprova o estudo de viabilidade econômico-social apresentado em Pucalpa, há duas semanas, por empresários e políticos do Acre.

Anac: último passo

A última reunião da bancada parlamentar acreana sobre o tema está prevista para amanhã.

Serpa com a presidente da Anac, Solange Vieira, a quem cabe emitir o parecer de homologação definitivo do aeroporto de Cruzeiro do Sul. O lado brasileiro consome 800 toneladas de verduras e 400 toneladas de frutas todos os meses. A mercadoria chega ao Juruá de São Paulo e custam, em média, 70% mais caro que a oferta de preços do mercado peruano.

Infraero garante recuperação de aeroporto de Rio Branco

A construção da segunda pista do aeroporto Plácido de Castro, de Rio Branco, já está prevista no Orçamento e devidamente autorizada. A informação é do presidente da Infraero, brigadeiro-do-ar Cleonilson Silva, em resposta ao deputado Gladson Cameli, que pediu providências da Infraero em virtude das más condições da pista. A audiência, ontem em Brasília, contou com a participação de parte da bancada acreana na Câmara dos Deputados que foi tratar da consolidação do intercâmbio Pucalpa-Cruzeiro do Sul. Piloto aéreo particular, Gladson informou ao brigadeiro que a pista do aeroporto da Capital é motivo de reclamação e preocupação da maioria dos pilotos que ali operam.

O presidente da Infraero, por sua vez, informou ao deputado acreano que, num primeiro momento, a pista vai receber um tratamento emergencial. O objetivo é garantir a segurança e um mínimo de conforto aos passageiros dos aviões comerciais através de uma verdadeira operação tapaburacos, a fim de que a pista atenda as condições adequadas trafegabilidade. Em seguida, segundo o militar, haverá um recapea-mento da pista e das vias de taxeamento para garantir pouso e decolagem seguros, além de manobras e deslocamentos tranqüilos em terra. Para Gladsom, é a forma correta da Infraero responder às solicitações e exigências da população que efetivamente utiliza o transporte aéreo no Acre.

O deputado ouviu ainda do brigadeiro que assim que a Engenharia do Exército terminar as obras da recuperação da pista antiga do aeroporto Plácido de Castro, vai partir para a construção de uma segunda via. “É garantia efetiva da duplicação das operações do aeroporto em relação a cargas e passageiros”, disse o brigadeiro. O parlamentar acreano adiantou que há muito o Acre já merecia a recuperação do atual aeroporto, “que já não responde às exigências e necessidades de nossos dias”. De acordo com o deputado, o aeroporto Plácido de Castro, apesar de ter uma construção relativamente recente, não acompanhou as rápidas modificações e o próprio desenvolvimento regional, “que hoje exige um aeroporto modernizado e em sintonia com as demandas”.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Avião da TAM retorna após decolagem

Jornal do Commercio SÃO PAULO – Um avião da TAM, que partiu de Nova Iorque em direção a São Paulo na noite de anteontem, teve que retornar ao aeroporto de origem devido a uma falha. Segundo a TAM, o voo JJ 8081, com 196 passageiros a bordo, teve que voltar para Nova Iorque devido a uma indicação, no painel, de mau funcionamento de um dos flaps (comandos localizados nas asas) da aeronave. De acordo com a TAM, o avião passou por manutenção corretiva e o voo foi retomado à 1h28 de ontem, com pouso normal em Guarulhos (SP) às 10h38 (horário de Brasília). O voo era previsto para chegar às 6h45. A companhia também informou que seu sistema de check-in nos aeroportos ficou fora do ar na manhã de ontem, provocando atrasos em 40% dos voos. O problema foi corrigido.

Empresa dona de helicóptero que transportava Boechat não podia fazer táxi aéreo e já havia sido multada por atividade irregular, diz Anac

Agência diz que aeronave só podia prestar serviços de reportagem aérea e qualquer outra atividade não poderia ser realizada. Multa foi de R$ 8 mil. Anac abriu investigação. Por  G1 SP A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) afirmou que o helicóptero que caiu na Rodovia Anhanguera no início da tarde desta segunda-feira (11), em que o jornalista Ricardo Boechat e o piloto Ronaldo Quattrucci morreram, não podia fazer táxi aéreo, mas sim prestar serviços de reportagem aérea. Ainda segundo a Anac, a empresa foi multada, em 2011, por atividade irregular. Helicóptero prefixo PT-HPG que se acidentou na Anhanguera — Foto: Matheus Herrera/Arquivo pessoal "A empresa RQ Serviços Aéreos Ltda foi autuada, em 2011, por veicular propaganda oferecendo o serviço de voos panorâmicos em aeronave e por meio de empresa não certificada para a atividade. Essa atividade só pode ser executada por empresas e aeronaves certificadas na modalidade táxi aéreo. A autuação foi definida em R$ 8 mil

A saga das mulheres para comandar um avião comercial

Licenças concedidas a mulheres teêm crescido nos últimos anos, mas ainda a passos lentos. Dificuldades para ingressar neste mercado vão do alto custo da formação ao machismo estrutural Beatriz Jucá | El País Quando Jaqueline Ortolan Arraval, 50 anos, fez a primeira aula experimental de voo, foi mais por curiosidade do que por qualquer pretensão de virar piloto de avião. Era início dos anos 1990 e pouco se via mulheres comandando grandes aeronaves comerciais no Brasil. "Eu achava que não era uma profissão pra mim", conta. Ela trabalhava no setor processual em terra de uma grande companhia aérea, e o contato constante com colegas que estudavam aviação lhe provocaram certo fascínio. Perguntava tanto sobre a experiência de voo que um dia um amigo lhe convidou para acompanhá-lo em uma das aulas. A curiosidade do início se tornou um sonho profissional, e Jaqueline passou a frequentar aeroclubes e trabalhar incessantemente para conseguir pagar as caras aulas de aviação e acumul