O VICE-PRESIDENTE DA TAM PARA ASSUNTOS COMERCIAL E PLANEJAMENTO CONCEDEU UMA ENTREVISTA EXCLUSIVA A ESTA COLUNA FALANDO SOBRE O CRESCIMENTO DA EMPRESA CRIADA PELO SAUDOSO COMANDANTE ROLIM ADOLFO AMARO
Gilberto Amaral
A TAM vai lançar novas rotas internacionais neste ano?
Paulo Castello Branco: Nosso plano de expansão no mercado internacional é de longo prazo e foi mantido, com base em nossos estudos sobre a demanda em determinados segmentos. Neste ano de 2009, pretendemos iniciar a operação de uma nova rota internacional de longo curso, que será anunciada oportunamente.
Boeing 777-300ER?
PCB: Nos últimos meses, começamos a operar rotas ligando o Brasil a Lima, no Peru, e a Orlando, nos Estados Unidos. Além disso, lançamos novos voos para Miami e Nova York partindo do Rio de Janeiro e aumentamos a oferta em nosso voo diário para Londres, no Reino Unido, colocando em operação as novas aeronaves Boeing 777-300ER com 365 assentos nas classes Executiva e Econômica
E o crescimento da TAM?
PCB: As estatísticas oficiais da ANAC mostram que no primeiro bimestre de 2009 o tráfego aéreo de passageiros-quilômetros da TAM no segmento de vôos internacionais operados por companhias brasileiras cresceu 14,4% em relação aos primeiros dois meses do ano passado, comparado a uma redução de 9,4% de todo esse setor no mesmo período. A taxa de ocupação em nossos voos internacionais no primeiro bimestre deste ano foi de 75%. O resultado foi o crescimento de nossa participação para 84,8% nesse segmento.
A TAM mantém o seu plano de ingresso na Star Alliance mesmo com a crise no mercado internacional de aviação?
PCB: A adesão da TAM à Star Alliance, maior aliança global do mundo, foi o resultado de um planejamento estratégico de longo prazo com o objetivo de expandirmos nossas operações no exterior e consolidarmos a companhia como uma das principais empresas no mercado mundial de aviação.
Acreditamos que no primeiro trimestre de 2010 teremos concluído o processo de integração à aliança e a partir daí nossos clientes terão acesso facilitado mesmo a mercados mais distantes de nosso continente, pois sempre haverá um parceiro bem localizado para estender serviços diferenciados – como o acesso a salas VIP e pontuação em programas de fidelização –, facilidades essas que a TAM sozinha não poderia oferecer. A ideia é estender ao passageiro uma experiência de viagem simples e integrada, facilitando sua vida.
A TAM aumentará significativamente a sua rede internacional de distribuição por meio dos parceiros Star Alliance. Além disso, vai oferecer mais destinos internacionais na sua malha aérea incluindo Brasília. Com isso, esperamos um aumento de receita, que crescerá gradativamente ao longo dos próximos anos.
E como estão os voos domésticos?
PCB: Ainda de acordo com as estatísticas da ANAC, no primeiro bimestre deste ano o tráfego aéreo de passageiros-quilômetros nos voos domésticos da TAM cresceu 5,7% em relação a 2008. Acima, portanto, do crescimento de 5,1% de todo o setor da aviação comercial brasileira. A taxa de ocupação de nossas aeronaves foi acima da média do mercado e considerada satisfatória, de 67%.