Marli Olmos, de São Paulo

A queda no volume de encomendas entre 35% a 40% levou a Winnstal, uma pequena empresa nacional que fornece peças estampadas para a Embraer , a demitir 16 trabalhadores esta semana.

Embora pequena, a quantidade de cortes equivale a mais de 11% do quadro da empresa, que nasceu em São José dos Campos (SP) há dez anos.

"Estávamos tentando segurar desde janeiro", explica Eny Pasqualini, diretor-presidente. Mas a certeza de que a crise chegou ao setor de Aviação levou a direção da empresa desistir de esperar mais.

O Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, que fez uma manifestação em frente a empresa ontem, informou que os 93 empregados que ficaram na Winnstal fizeram uma greve. Mas a empresa desmente a informação.

"Nesse setor ninguém gosta de demitir porque custa muito dinheiro treinar os profissionais", destaca Pasqualini. Por outro lado, a Winnstal também fornece para o setor de telecomunicações, que mostra perspectivas de crescimento, diz o executivo.

A Embraer iniciou ontem um programa chamado de apoio aos empregados que foram demitidos em 19 de fevereiro. Nos próximos dias, cada um dos 4,2 mil trabalhadores dispensados receberá uma carta com detalhes do programa, que engloba: orientações para elaboração de currículo, criação de um quadro de vagas disponíveis em outras empresas, envio de currículos para as empresas que procurarem a Embraer para pedir indicações e plantão de uma equipe de recursos humanos durante este mês para orientações.

A Embraer informa que tem sido procurada por empresas de diversos setores interessadas em contratar o pessoal que deixou a companhia.

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