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Sistema anticolisão do Legacy estava desligado ao colidir com Boeing da Gol, dizem relatórios



em Cuiabá

Representantes dos familiares de vítimas do acidente entre o Boeing da Gol e o jato Legacy, ocorrido em setembro de 2006, entregaram nesta terça-feira ao Ministério Público Federal de Mato Grosso dois relatórios de perícia que, segundo eles, reforçam as acusações contra os pilotos do jato, os americanos Joseph Lepore e Jan Paladino.

Segundo os documentos, o sistema anticolisão -- o chamado TCAS -- do Legacy estava desligado desde o início da viagem, em São José dos Campos (SP).

O aparelho alerta e orienta o piloto sobre a manobra a ser realizada para desviar de outro avião também equipado com o TCAS.

"Essa conclusão reforça a primeira acusação do MPF, a de que os pilotos atentaram contra a segurança de voo", afirma o advogado Dante D'Aquino, da Associação dos Familiares e Amigos das Vítimas do Voo 1907.

Os pareceres são baseados, segundo D'Aquino, no conteúdo da caixa preta do jato. Foi contratado um perito aeronáutico para fazer o trabalho.

Os resultados foram apresentados hoje, em uma reunião fechada com a procuradora da República Analícia Ortega Hartz Trindade, responsável pelo recurso à decisão da Justiça Federal de Sinop (500 km de Cuiabá), que absolveu de algumas condutas os controladores de voo e os dois pilotos.

Em nota enviada pela assessoria, a procuradora disse que os pareceres serão enviados para a Justiça Federal em Sinop (MT) e juntados ao processo para análise do juiz. Ela não quis comentar o conteúdo dos pareceres. A reportagem entrou em contato com o escritório que faz a defesa dos pilotos, mas o advogado não ligou de volta até a conclusão desta edição.

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