A fabricante brasileira de aeronaves Embraer e o governo do Estado de São Paulo assinam na próxima segunda-feira (dia 2) um contrato para implantação de um laboratório de cerca de quatro mil metros quadrados (m²), voltado à pesquisa de estruturas leves para aviação em São José dos Campos, no interior do Estado paulista. O convênio prevê investimentos de R$ 90,5 milhões, que virão do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Os pesquisadores irão trabalhar em tecnologias para desenvolver novos materiais capazes de reduzir o peso das aeronaves. De acordo com o diretor-presidente do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), João Fernando Gomes de Oliveira, apesar de ter foco no ramo da aeronáutica, o laboratório será capaz de desenvolver tecnologias em aplicações na indústria automobilística e de autopeças, petróleo e gás, naval, bélica, geração e transporte de energia elétrica, construção civil e bens de capital (máquinas e equipamentos). A base de pesquisas do laboratório será o desenvolvimento de materiais obtidos a partir de fibra de carbono e resinas.

A Secretaria de Desenvolvimento de São Paulo, liderada pelo ex-governador Geraldo Alckmin, destinou no fim de dezembro do ano passado um aporte de R$ 2,5 milhões do orçamento do governo do Estado para adequar o novo laboratório ao local cedido pela prefeitura de São José dos Campos. Alckmin disse, em nota, que a iniciativa “será importante para ajudar a contornar a crise econômica e retomar o crescimento da indústria aeroespacial”.

Na quinta-feira da semana passada (dia 19), a Embraer anunciou a demissão de pouco mais de 4,2 mil empregados, ou cerca de 20% de seu quadro de funcionários, em decorrência da crise que afeta a economia global, em particular o setor de transporte aéreo. Segundo a companhia, tornou-se inevitável revisar a base de custos e o efetivo de pessoal, “adequando-os à nova realidade de demanda por aeronaves comerciais e executivas”.

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