Desvalorização do petróleo, retração dos consumidores e maior oferta de assentos nas aeronaves levam companhias a reduzir valores dos bilhetes. Em janeiro, demanda foi a mais fraca desde 2004.

O excesso de oferta de assentos nos aviões em meio à queda de demanda, à redução no preço do petróleo e à concorrência acirrada entre as duas maiores empresas aéreas do país, com agressivas promoções na alta temporada, produziram um efeito incomum nos preços das passagens aéreas.

Levantamento realizado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) mostra que os preços dos bilhetes ao consumidor recuaram 3,41% em janeiro em relação a dezembro, no âmbito do Índice de Preços ao Consumidor – Brasil (IPC-BR), a terceira queda mais intensa no mês de janeiro desde 1994.

A ocorrência de bilhetes mais baratos também pôde ser detectada em dezembro, quando o recuo nos preços das passagens foi de 0,45% na comparação com novembro — o mais forte dos últimos 11 anos para meses de dezembro. Na análise de economistas da FGV, após enfrentarem uma crise que durou mais de um ano, as empresas aéreas foram surpreendidas no fim de 2008 com o cenário de turbulência internacional, que levou a um ambiente de demanda fraca e preços mais baixos para querosene de aviação, item que representa pelo menos 40% dos custos do setor. Isso ajudou a manter mais baixos os preços das passagens.

Para especialistas em aviação, também deve-se levar em conta a sazonalidade da alta temporada e as obrigações financeiras das companhias. Em janeiro, a demanda por voos domésticos registrou expansão de 9,6% em relação ao mesmo período do ano passado. Apesar do bom resultado, foi o desempenho mais fraco das empresas aéreas no mês de janeiro desde 2004.

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