Passageiros da empresa poderão acumular pontos com a milhagem da Varig
Se for aprovada, mudança poderá ser implementada ainda no próximo mês; programa conta hoje com 5,9 milhões de clientes
Se for aprovada, mudança poderá ser implementada ainda no próximo mês; programa conta hoje com 5,9 milhões de clientes
JANAINA LAGE
DA SUCURSAL DO RIO
A união das operações da Varig e da Gol em uma única empresa deverá trazer mudanças também para o Smiles, programa de acúmulo de milhagem.
Segundo a Folha apurou, a Gol está concluindo estudos para permitir que os passageiros que voam em seus aviões também acumulem pontos no Smiles, programa da Varig. De acordo com fontes, a mudança poderá ser implementada ainda em outubro.
Procurada pela reportagem, a Gol afirmou que não comentaria o assunto. Com a autorização da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) dada na última terça-feira, a Gol finaliza os detalhes para a integração das operações em uma única companhia.
Até hoje, entre as grandes empresas do setor, a Gol é a única que não oferece um programa de milhagem. Na prática, o Smiles funciona como uma forma de fidelizar clientes, mas também como um passivo, à medida que obriga a companhia a fornecer passagens gratuitas para clientes freqüentes. O Smiles conta com 5,9 milhões de clientes.
A previsão é que em outubro a empresa apresente um novo conjunto de rotas. Nesse cenário, a Varig priorizaria rotas em que é possível oferecer uma tarifa mais elevada em razão da demanda, como a ponte aérea Rio-São Paulo.
Entre os funcionários da empresa, o clima ainda é de incerteza. Eles foram informados por e-mail interno de que a companhia estava fazendo uma readequação societária. Em seguida, foram informados, também por comunicados internos, que a partir de outubro tripulantes da Varig poderão realizar vôos da Gol.
Recentemente, receberam outro informe, no qual são convocados a receber uniformes da Gol. De acordo com funcionários ouvidos pela Folha, há dúvidas sobre como se dará a padronização do atendimento nas duas marcas.
Nas últimas semanas começaram as demissões na Varig. De acordo com sindicatos, os cortes deverão atingir principalmente os aeroviários -o pessoal que trabalha nos balcões dos aeroportos. Em alguns aeroportos, como o Tom Jobim, no Rio, os balcões das empresas ficam em diferentes terminais.
A idéia é que o atendimento aos passageiros passe a ocorrer de forma integrada.
De acordo com analistas, o mercado ainda está cauteloso em relação aos ganhos com a
incorporação da Varig pela Gol.
Segundo Kelly Trentim, da corretora SLW, outros fatores também estão sendo determinantes no comportamento das ações da Gol, como o preço do petróleo e a variação cambial.
"O mercado ainda está meio reticente em considerar essas sinergias que a empresa apontou", disse.
Na última divulgação de resultados, a Gol estimou em R$ 180 milhões os ganhos com a união das operações. No primeiro semestre, a companhia teve prejuízo de R$ 290,867 milhões. A expectativa mencionada na última divulgação de resultados era reverter a situação ainda no terceiro trimestre deste ano.
DA SUCURSAL DO RIO
A união das operações da Varig e da Gol em uma única empresa deverá trazer mudanças também para o Smiles, programa de acúmulo de milhagem.
Segundo a Folha apurou, a Gol está concluindo estudos para permitir que os passageiros que voam em seus aviões também acumulem pontos no Smiles, programa da Varig. De acordo com fontes, a mudança poderá ser implementada ainda em outubro.
Procurada pela reportagem, a Gol afirmou que não comentaria o assunto. Com a autorização da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) dada na última terça-feira, a Gol finaliza os detalhes para a integração das operações em uma única companhia.
Até hoje, entre as grandes empresas do setor, a Gol é a única que não oferece um programa de milhagem. Na prática, o Smiles funciona como uma forma de fidelizar clientes, mas também como um passivo, à medida que obriga a companhia a fornecer passagens gratuitas para clientes freqüentes. O Smiles conta com 5,9 milhões de clientes.
A previsão é que em outubro a empresa apresente um novo conjunto de rotas. Nesse cenário, a Varig priorizaria rotas em que é possível oferecer uma tarifa mais elevada em razão da demanda, como a ponte aérea Rio-São Paulo.
Entre os funcionários da empresa, o clima ainda é de incerteza. Eles foram informados por e-mail interno de que a companhia estava fazendo uma readequação societária. Em seguida, foram informados, também por comunicados internos, que a partir de outubro tripulantes da Varig poderão realizar vôos da Gol.
Recentemente, receberam outro informe, no qual são convocados a receber uniformes da Gol. De acordo com funcionários ouvidos pela Folha, há dúvidas sobre como se dará a padronização do atendimento nas duas marcas.
Nas últimas semanas começaram as demissões na Varig. De acordo com sindicatos, os cortes deverão atingir principalmente os aeroviários -o pessoal que trabalha nos balcões dos aeroportos. Em alguns aeroportos, como o Tom Jobim, no Rio, os balcões das empresas ficam em diferentes terminais.
A idéia é que o atendimento aos passageiros passe a ocorrer de forma integrada.
De acordo com analistas, o mercado ainda está cauteloso em relação aos ganhos com a
incorporação da Varig pela Gol.
Segundo Kelly Trentim, da corretora SLW, outros fatores também estão sendo determinantes no comportamento das ações da Gol, como o preço do petróleo e a variação cambial.
"O mercado ainda está meio reticente em considerar essas sinergias que a empresa apontou", disse.
Na última divulgação de resultados, a Gol estimou em R$ 180 milhões os ganhos com a união das operações. No primeiro semestre, a companhia teve prejuízo de R$ 290,867 milhões. A expectativa mencionada na última divulgação de resultados era reverter a situação ainda no terceiro trimestre deste ano.