Para governador, privatizar Confins atrairia investimentos


Geórgea Choucair e Graziela Reis

O governador Aécio Neves admitiu ontem que a privatização do Aeroporto Internacional Tancredo Neves, em Confins, é uma alternativa para a obtenção de recursos necessários à ampliação.

E, nos projetos traçados pelo governo para o terminal, a volta de vôos da TAM e da Gol para a Pampulha está totalmente descartada. O governador recebeu ontem a diretora-presidente da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Solange Paiva Vieira, no Palácio da Liberdade. No encontro, entregou a ela um manifesto contra a volta de vôos para Pampulha, assinado pelas principais entidades de classe de Minas Gerais e setores ligados ao turismo.

“A posição clara do governo é que lá (Pampulha) não voarão aeronaves com mais de 100 passageiros e que voem para outras capitais ou destinos fora do estado”, enfatizou Aécio. Segundo o governador, as aeronaves ou empresas que queiram ampliar o número de vôos para o interior de Minas atendem ao interesse do estado. “Há um espaço enorme para o crescimento da Aviação regional e, se nós fizermos um planejamento conjunto, não haverá qualquer ociosidade no aeroporto da Pampulha”, disse.

O plano de desenvolvimento de Confins prevê a ampliação da capacidade atual de 4 milhões para 20 milhões de passageiros/ano. Para isso, o governo pretende pleitear à Infraero a construção de novo terminal de passageiros, que poderá consumir investimentos de R$ 140 milhões e a construção de uma segunda pista, para duplicar o tráfego aéreo. “Se o governo federal optar por não investir, por não ter um projeto estratégico para investimento em aeroportos, a privatização é uma alternativa, mas não chegamos ainda a ela. Eu quero ter ainda uma conversa com o presidente da República”, afirmou o governador.

A possível privatização divide as opiniões dos funcionários dos aeroportos. “Ouvi uma conversa sobre isso, mas para mim não faz tanta diferença. Se for para a iniciativa privada melhorar o salário, pode ser uma boa opção”, diz Geraldo Sérgio Ferreira, operador de máquinas do terminal de cargas de Confins.

As atendentes de vendas Marta Penedo e Júnia Lacerda trabalham em área de turismo no aeroporto. Marta ainda não tinha ouvido falar de privatização de aeroportos. “Nem em boatos eu ouvi.

Acho que não deveria privatizar, poderia continuar como está. Privatização não é bom para nenhum setor, não gosto de muitas mudanças”, diz. Júnia afirma que a privatização não é bom para nenhum setor. “Pode gerar desemprego e mudar muito as regras. Ou seja, começar tudo de novo, o que é ruim”, afirmou

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