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Fogos carregados por balão explodem a 30 metros de aeronave



SÃO PAULO - Por muito pouco, um balão de São João não causou uma tragédia no Aeroporto de Cumbica, em Guarulhos, na madrugada do último domingo. Por volta das 3h30, o balão caiu no pátio de manobra do aeroporto, onde as aeronaves são abastecidas. Ele estava apagado, mas os fogos que carregava explodiram em contato com o solo.

Um avião da TAM tinha acabado de abastecer e, com os tanques cheios com 4 mil litros de querosene, estava a 30 metros da explosão. "Poderia ter sido muito pior", disse o coordenador de prevenção de acidentes da Infraero, Samuel Silva.

Só neste ano, 12 balões de festa junina caíram em Cumbica. Em 2007, há 104 registros de balões nas imediações, sendo que 42 são de quedas na área do aeroporto. "A partir do momento em que somos informados de que há balões na região, começamos a monitorá-los e vemos se há chance de cair no aeroporto", disse Silva.

No caso que ocorreu no final de semana, o centro de informações do aeroporto foi pego de surpresa. O balão veio do norte, por cima do prédio. "Normalmente, eles vêm da Zona Leste de São Paulo", disse. Um caminhão pipa chegou ao local em 40 segundos e controlou o incêndio.

Em Cumbica, são realizados cerca de 550 pousos e decolagens por dia e, em média, 200 operações de abastecimento. "Nessa época do ano, nossa preocupação com os balões é muito grande.

A queda de um deles pode atingir uma aeronave", disse Silva. O avião da TAM que estava próximo à explosão tinha chegado em Guarulhos às 23h10 de sábado. Seu próximo vôo seria às 6h.

Segundo informações do Corpo de Bombeiros, 70% dos incêndios provocados por balões ocorrem entre maio e julho. No ano passado, foram registradas 154 ocorrências no estado. Na Capital, foram 58. "É pouco perto dos 40 mil incêndios que atendemos durante o ano, mas nos preocupam porque são muito graves", disse o tenente Marcos Palumbo.

"O incêndio com balão já começa com grandes proporções." Essa época é a preferida dos baloeiros porque o tempo seco mantém o balão mais tempo no ar. E isso torna a prática ainda mais perigosa."

No dia 18 de maio do ano passado, a queda de um balão provocou um incêndio no Centro Cultural Vergueiro, na Zona Sul. Cerca de 2.500 documentos históricos e parte de uma exposição foram afetados. O fogo destruiu 1.200 m² do telhado. Não houve feridos.

Soltar, comercializar ou transportar balões é crime ambiental. Para denunciar, os telefones são o 193 do Corpo de Bombeiros ou o 181, do Disque Denúncia.

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