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Piloto evitou tragégia ao acionar flutuadores de helicóptero



MACAÉ (RJ) - A queda do helicóptero Super Puma da empresa BHS, que prestava serviço às plataformas da Petrobras, terça-feira à tarde, não se tornou uma tragédia maior por causa da habilidade do piloto Paulo Roberto Veloso Calmon - 30 anos de brevê e há 20 servindo na Bacia de Campos. Foi Calmon quem conseguiu amenizar a queda da aeronave acionando, em menos de um minuto após ter levantado vôo, os flutuadores.

Apesar disso, ao chocar-se com o mar a 280 metros da Plataforma P-18 - localizada a 109 quilômetros de Macaé -, o aparelho partiu-se em pelo menos duas partes, o que possibilitou a 15 dos passageiros escaparem da cabine e serem resgatados em alto-mar. Já o comandante Calmon não teve a mesma sorte: até ontem à tarde permanecia desaparecido.

Oficialmente, no acidente morreram três pessoas. O primeiro a ser identificado foi o técnico em segurança do trabalho da empresa Sparrows BSM Engenharia, Marcelo Manhães dos Santos, resgatado em alto-mar já morto. Ele foi enterrado no fim da tarde de ontem em Rio das Ostras, município vizinho a Macaé. "Torcíamos para que ele estivesse entre os 15, mas infelizmente não estava", desabafou seu pai, João Pedro dos Santos, de 72 anos.

Outros dois corpos foram encontrados onem por um veículo de controle remoto - uma espécie de robô que submerge e é controlado da plataforma - dentro da cabine do helicóptero, a 820 metros de profundidade. Apenas Durval Barros da Silva, da De Nadai Serviços de Alimentação, havia sido identificado até a noite de ontem. Os outros três desaparecidos eram o comandante Calmon, Guaraci Novaes Soares, também da De Nadai, e Adinoelson Simas Gomes, da Petrobras.

O diretor de Exploração e Produção da Petrobras, Guilherme Estrella, insiste que houve um pouso forçado, sem entrar em detalhes sobre a causa. O diretor do Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense, Marluzio Ferreira Dantas, com base em relatos de trabalhadores que estão embarcados, afirma que a aeronave caiu e partiu-se em três pedaços. Já a BHS Helicópteros, pela sua assessoria, informa que o acionamento de flutuadores é um procedimento normal quando a aeronave apresenta alguma irregularidade e está sobrevoando o mar.

Pelo relato dos sobreviventes, porém, o helicóptero perdeu altura logo após levantar da Plataforma P-18, caindo rapidamente. Valéria Cristina Taveirós, de 30 anos, empregada da Elfe Soluções em Serviços Ltda., contou à gerente operacional da empresa, Elaine Cristina Errada, ter pressentido que havia um problema logo depois da decolagem.

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