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Gol cobra R$ 184 mi da VarigLog, e CVM analisa

Informação deveria ter sido passada ao mercado


DA REPORTAGEM LOCAL

A CVM (Comissão de Valores Mobiliários) informou que verifica a informação de que a Gol está cobrando R$ 184 milhões da VARIGLog, de quem comprou a VARIG. A cobrança, divulgada anteontem na imprensa, não foi informada ao mercado, o que é exigido pela comissão.

A Gol foi questionada pela CVM duas outras vezes neste ano: sobre os rumores de fechamento de capital da companhia e sobre a compra da VARIG, divulgada na mídia antes de ser comunicada ao mercado.

Segundo a Folha apurou, a holding que controla a Gol tentou bloquear na Justiça, por duas vezes, 4,5 milhões de ações PN (cerca de R$ 207 milhões pela cotação de ontem) dadas à VARIGLog como pagamento quando a VARIG foi comprada em março.

A VARIG foi dividida em duas em 2006. A VARIG "velha" ficou com as dívidas, e a "nova", com as operações. Dessa forma, a Gol comprou a VARIG "blindada", ou seja, sem dívidas.

Essas ações dadas à VARIG-Log, entretanto, estão sob custódia do banco Itaú, e por contrato devem ser usadas como pagamento de eventuais "esqueletos" futuros da VARIG.

O objetivo do bloqueio seria que esses papéis funcionassem como uma garantia do pagamento dos R$ 184 milhões. A Gol não se pronuncia sobre a cobrança nem informa a que se refere essa dívida da VARIGLog.

São os mesmos papéis que são alvo de outra disputa: entre o fundo de investimento americano Matlin Patterson e os três acionistas da VARIGLog (Marco Antonio Audi, Luiz Eduardo Gallo e Marcos Haftel), que se associaram para investir na ex-subsidiária de cargas da VARIG e que depois compraram a própria companhia, revendendo-a depois à Gol.

O fundo acusa os acionistas brasileiros de terem aberto uma conta na Suíça em que teria sido depositada a parcela paga em dinheiro pela Gol na compra da VARIG. A operação de compra da companhia previa pagamento de US$ 98 milhões em dinheiro e mais US$ 172 milhões em ações, além de um montante a ser emitido em debêntures (títulos de dívida).

Além disso, o fundo acusava os acionistas brasileiros de terem vendido 1,5 milhão das ações dadas em garantia pela Gol -eram 6 milhões de ações.

O fundo de investimento conseguiu bloquear na Justiça de Nova York, nos Estados Unidos, os recursos depositados na conta da Suíça e parte dos papéis da Gol dados em garantia na compra da VARIG.

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