Pular para o conteúdo principal

Aeronáutica desautoriza funcionamento de pista de Congonhas sob chuva

RENATA GIRALDI
da Folha Online, em Brasília

O comandante da Aeronáutica, Juniti Saito, telefonou nesta quarta-feira para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva para avisar que técnicos do Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos), da Aeronáutica, analisaram as pistas principal e auxiliar do aeroporto de Congonhas (zona sul de São Paulo) e desautorizaram a realização de pousos e decolagens na pista principal, em dias de chuva.

Saito disse a Lula que é precipitado fazer qualquer avaliação, mas que Cenipa autorizou o uso das duas pistas de Congonhas com uma ressalva: a pista auxiliar é a única que pode ser usada em condições de chuva.

Nesta quarta-feira, o aeroporto de Congonhas foi reaberto pela manhã mas, como chove, apenas a pista auxiliar está em operação. O terminal havia suspendido suas atividades no momento em que o acidente com o vôo 3054 da TAM ocorreu, sob chuva, na pista principal de Congonhas, na noite de terça-feira (17).

O resultado da análise do Cenipa não foi divulgado.

Especula-se que a pista principal de Congonhas não seja segura para operar em dias de chuva devido à falta do "grooving" – ranhuras feitas na superfície do pavimento que facilitam o escoamento de água. O processo não foi completado antes da liberação da pista porque só pode ser realizado 30 dias após o término da restauração, de acordo com a Infraero (estatal que administra os aeroportos do país).

Os motivos do acidente serão investigados pelo próprio Cenipa, que enviou a caixa-preta retirada dos escombros para análise no NTSB (National Transportation Safety Board), a agência de segurança de vôo dos Estados Unidos. Esse é o mesmo órgão que analisou as caixas-pretas do Boeing da Gol que caiu em setembro passado em Mato Grosso, depois de bater no ar contra um Legacy. Os 154 ocupantes do Boeing morreram.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Avião da TAM retorna após decolagem

Jornal do Commercio SÃO PAULO – Um avião da TAM, que partiu de Nova Iorque em direção a São Paulo na noite de anteontem, teve que retornar ao aeroporto de origem devido a uma falha. Segundo a TAM, o voo JJ 8081, com 196 passageiros a bordo, teve que voltar para Nova Iorque devido a uma indicação, no painel, de mau funcionamento de um dos flaps (comandos localizados nas asas) da aeronave. De acordo com a TAM, o avião passou por manutenção corretiva e o voo foi retomado à 1h28 de ontem, com pouso normal em Guarulhos (SP) às 10h38 (horário de Brasília). O voo era previsto para chegar às 6h45. A companhia também informou que seu sistema de check-in nos aeroportos ficou fora do ar na manhã de ontem, provocando atrasos em 40% dos voos. O problema foi corrigido.

Empresa dona de helicóptero que transportava Boechat não podia fazer táxi aéreo e já havia sido multada por atividade irregular, diz Anac

Agência diz que aeronave só podia prestar serviços de reportagem aérea e qualquer outra atividade não poderia ser realizada. Multa foi de R$ 8 mil. Anac abriu investigação. Por  G1 SP A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) afirmou que o helicóptero que caiu na Rodovia Anhanguera no início da tarde desta segunda-feira (11), em que o jornalista Ricardo Boechat e o piloto Ronaldo Quattrucci morreram, não podia fazer táxi aéreo, mas sim prestar serviços de reportagem aérea. Ainda segundo a Anac, a empresa foi multada, em 2011, por atividade irregular. Helicóptero prefixo PT-HPG que se acidentou na Anhanguera — Foto: Matheus Herrera/Arquivo pessoal "A empresa RQ Serviços Aéreos Ltda foi autuada, em 2011, por veicular propaganda oferecendo o serviço de voos panorâmicos em aeronave e por meio de empresa não certificada para a atividade. Essa atividade só pode ser executada por empresas e aeronaves certificadas na modalidade táxi aéreo. A autuação foi definida em R$ 8 mil

A saga das mulheres para comandar um avião comercial

Licenças concedidas a mulheres teêm crescido nos últimos anos, mas ainda a passos lentos. Dificuldades para ingressar neste mercado vão do alto custo da formação ao machismo estrutural Beatriz Jucá | El País Quando Jaqueline Ortolan Arraval, 50 anos, fez a primeira aula experimental de voo, foi mais por curiosidade do que por qualquer pretensão de virar piloto de avião. Era início dos anos 1990 e pouco se via mulheres comandando grandes aeronaves comerciais no Brasil. "Eu achava que não era uma profissão pra mim", conta. Ela trabalhava no setor processual em terra de uma grande companhia aérea, e o contato constante com colegas que estudavam aviação lhe provocaram certo fascínio. Perguntava tanto sobre a experiência de voo que um dia um amigo lhe convidou para acompanhá-lo em uma das aulas. A curiosidade do início se tornou um sonho profissional, e Jaqueline passou a frequentar aeroclubes e trabalhar incessantemente para conseguir pagar as caras aulas de aviação e acumul