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PILOTOS DO LEGACY REAFIRMAM AUTORIZAÇÃO DE VÔO A 37 MIL PÉS

Em entrevista nos EUA, Lepore e Paladino são tratados como heróis.
Eles pilotavam jato que se chocou com Boeing da Gol em setembro.


Do G1, em São Paulo

Pela primeira vez desde a colisão em pleno ar do avião da Gol, que matou 154 pessoas em setembro deste ano, os dois norte-americanos que pilotavam o jato Legacy deram uma entrevista. À rede americana NBC, ao vivo e com um advogado ao lado, eles reafirmaram que são inocentes e que cumpriram todas as determinações das autoridades brasileiras.

Durante os cerca de cinco minutos da entrevista ao programa Today Show, nesta sexta-feira (15), os pilotos Jan Paul Paladino e Joe Lepore foram tratados como heróis por terem conseguido manobrar o jatinho com segurança até pousar na Base Aérea de Serra do Cachimbo, no Pará.

Eles reclamaram dos dois meses que ficaram detidos em um hotel. "Foi horrível. Nunca compreendi o que estava acontecendo", disse Lepore.

Os dois pilotos foram liberados para voltar aos Estados Unidos na sexta-feira (8), depois de prestar depoimento à Polícia Federal. Ambos foram indiciados por colocar em risco a segurança aérea.

Paladino, mais desinibido e falante do que o colega, afirmou: "Fomos acusados falsamente, perdemos nossa liberdade. Não sabíamos o que esperar."

Os pilotos reafirmaram durante a entrevista que receberam autorização dos controladores de vôo brasileiros para voar a 37 mil pés, no momento da colisão. Mas não falaram sobre o funcionamento do transponder (equipamento que sinaliza uma rota de colisão entre aeronaves).

O jato Legacy pilotado por Lepore e Paladino bateu em um Boeing da Gol no dia 29 de setembro. As duas aeronaves estavam na mesma altitude. O avião da companhia aérea brasileira caiu no Norte de Mato Grosso e as 154 pessoas que estavam a bordo morreram.

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