Convite para o voo solidário de paramotor partiu de associação da cidade.
Por G1 Rio Preto e Araçatuba
A sensação de liberdade de voar pela primeira vez tirou sorrisos e até lágrimas de um grupo de aposentados e deficientes visuais de Araçatuba (SP).
Grupo de aposentados e deficientes visuais voa pela primeira vez de paramotor (Foto: Reprodução/TV TEM) |
O convite para o voo solidário de paramotor partiu da Associação da Paramotor de Araçatuba (SP), rendeu bons ventos e muitas histórias para contar.
Antes, os cuidados com a segurança são fundamentais para tornar o passeio inesquecível. Com tudo pronto para decolar, o céu ficou cada vez mais colorido e um dos privilegiados com o voo foi o Seu Haroldo da Silva Cantagalo, de 84 anos.
“Senti friozinho no coração, na barriga e na perna, mas estou muito feliz”, afirmou o aposentado. “Foi ótimo, foi muito bom. Vi as vaquinhas bem pequenininhas”, complementa.
Voos de paramotor foram feitos com instrutores de associação de Araçatuba (SP) (Foto: Reprodução/TV TEM) |
Já o José Carlos Silva Santos é deficiente visual. Ele parou de enxergar aos 16 anos por causa de um glaucoma e usou as mãos para conhecer o paramotor.
O fato de não enxergar foi apenas um detalhe para quem realizou um sonho. Ele não viu o voo, mas imaginou o horizonte e não segurou a emoção.
“O que imaginei é que flutuava sobre um céu de brigadeiro por cima de nuvens. Não que tivéssemos passado da altura das nuvens, mas a sensação foi essa. Me senti livre, leve e solto. Repetiria a dose e estou feliz”, diz.
De acordo com o instrutor de paramotor Marcelo de Oliveira, a iniciativa é segura. “Eu na verdade considero que hoje é o voo mais seguro que existe por se tratar de um projeto de asa que é semelhante a de um paraquedas. Com o peso do piloto, a tendência e se manter aberto.”
Depois de levar o grupo para conhecer o céu, a associação quer continuar a realizar os voos solidários. “É uma iniciativa que nos trouxe uma emoção muito grande. Com certeza vamos continuar a fazer isso também com outras entidades de Araçatuba e região”, conclui presidente da associação Claudemir Antônio Carlos.