Abastecimento estava ameaçado em razão da greve de caminhoneiros


Por Ricardo Gallo | G1, São Paulo

Caminhões reabasteceram nesta quinta-feira (24) o aeroporto de Congonhas (zona sul de São Paulo), que corria risco de ficar sem combustível para os aviões em razão da greve de caminhoneiros em todo o Brasil. Há estoque suficiente até sexta-feira (25).

Aviões no aeroporto de Congonhas, em São Paulo (Foto: TV Globo/Reprodução)
Aviões no aeroporto de Congonhas, em São Paulo (Foto: TV Globo/Reprodução)

A informação foi dada pelo Plural, a associação nacional das distribuidoras de combustível. A entidade foi indicada pela Infraero, administradora de Congonhas, para falar a respeito.

"Tivemos sucesso em abastecer o aeroporto até hoje -- e o suprimento de amanhã [sexta] está garantido", informou a Plural, por meio da assessoria de imprensa.

Houve necessidade de reforço em Congonhas, segundo a Plural, em consequência da restrição no aeroporto de Brasília -- os voos para a capital do país têm de ser abastecidos já na origem, também em consequência do movimento dos caminhoneiros.

Estoques

Pela manhã, relatório da Infraero antecipado pelo G1 informava que o aeroporto teria combustível até as 18h desta quinta, mas que o reabastecimento estava previsto. Na noite de quarta, a Polícia Militar escoltou caminhões também para repor os estoques de Congonhas.

O documento apontava ainda situação crítica de falta de combustível em sete aeroportos administrados pela estatal: Recife, Ilhéus, Goiânia, Palmas, Maceió, Carajás (PA), São José dos Campos (SP) e Uberlândia (MG).

O alerta foi dado pelo Núcleo de Acompanhamento e Gestão Operacional (Nago), no "relatório de monitoramento da mobilização dos caminhoneiros". A estatal disse estar monitorando o abastecimento nos aeroportos.

Quarto dia

Pelo 4º dia seguido, caminhoneiros fazem manifestações em 25 estados e no Distrito Federal causando reflexos por todo o país. Os atos nesta quinta-feira (24) são contra a disparada do preço do diesel que faz parte da política de preços da Petrobras, em vigor desde julho.

Os protestos provocaram a redução nas frotas de ônibus em várias cidades e foram usados como desculpas para donos de postos cobrarem valores abusivos de até R$ 10, mas já falta combustíveis e há filas nos postos. São vários os relatos de desabastecimento em supermercados, principalmente de hortifrutigranjeiros; hospitais suspenderam procedimentos por conta de falta de medicamentos; fábricas de diversos segmentos pararam suas produções; há possibilidade de racionamento de energia em Rondônia e falta de água no Rio de Janeiro e regiões do Rio Grande do Sul. Aeroportos funcionam normalmente, mas já há registros de cancelamentos de voos.

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