Jorge Alberto Cabrera viajou para Cuba para rever familiares. Ele trabalhava no posto de saúde de cidade do noroeste do Paraná desde 2014.
Por RPC Maringá
O acidente aéreo em Cuba, que matou 110 pessoas, deixou moradores de Presidente Castelo Branco, no noroeste do Paraná, chocados. Isso porque, entre as vítimas está um médico que atendia na cidade há quatro anos.
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O médico cubano Jorge Alberto Cabrera trabalhava desde 2014 no posto de saúde de Presidente Castelo Branco, de segunda a sexta-feira, e estava de férias. Ele viajou para Cuba para rever familiares.
"Uma pessoa tão boa, partir desse jeito, em uma tragédia. Não tem palavras para descrever, porque ele era como um filho pra gente", diz a aposentada Odete Claudino.
A secretária de Saúde Bruna Faccin conta que, em uma conversa com os colegas, o médico comentou que tinha medo de avião.
"Ele gostava de viajar, mas comentou com as meninas da unidade que tinha um certo medo do avião cair, ele tinha um certo receio disso", disse a secretária.
Há um ano e meio, o cubano casou com a brasileira Carmen Cabrera. Ela não viajou para Cuba, e, em meio ao sentimento de perda, ela guarda a última mensagem enviada pelo marido minutos antes de embarcar no avião que caiu.
“Na última mensagem ele escreveu para eu nunca esquecer dele. Parece que ele estava adivinhando alguma coisa, nunca esqueça de mim minha rainha”, lamenta.
Ela pretende ir para Cuba, mas sem dinheiro e sem a documentação necessária, depende da ajuda dos outros para conseguir viajar.
“A dor é muito grande. Dói as costas, o corpo todo, dói por dentro, não consigo nem tomar água”, conta Carmen Cabrera.