Eles pedem plano de contingência para controladores de voo e pilotos.Organização internacional rebaixou Brasil no item segurança de voo.


Jornal Nacional

Pilotos da aviação civil pediram a atenção das autoridades aeronáuticas para uma ameaça aos voos nas maiores cidades brasileiras.

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Balão na final do Aeroporto Santos Dumont (RJ)

Baloeiro adora quanto ele está no ar, mas é perigoso e pode até matar.

Dependendo de onde estiverem, os balões viram um desafio para pilotos de aviões e, até mesmo, de helicópteros.

“Se pegar na parte de rotor, que são as hélices, o estrago é, eu posso dizer que é quase fatal”, disse o piloto de helicóptero Marcelo Micchi.

São vários os registros de aeronaves grandes, com mais de cem pessoas a bordo, passando perto deles.

O porta-voz da Associação Brasileira de Pilotos da Aviação Civil explica que, muitas vezes, os balões aparecem de repente na rota e que os aviões comerciais, por serem grandes, têm muita dificuldade de desviar. Se houver o choque, o impacto será grande.

“540 km/h no nível cruzeiro, um balão de 60 quilos, que hoje é normal existir, o impacto é de coisa de 550 toneladas”, disse o comandante Bolivar Kotez, porta-voz da Associação Brasileira de Pilotos Civis.

O comandante diz que, só em 2016, pilotos relataram a presença de mais de 300 balões em áreas próximas a aeroportos, a maioria no eixo Rio-São Paulo. E que, por isso, o Brasil foi rebaixado no item "segurança de voo" pela organização internacional de aviação civil, ligada à ONU.

Na grande São Paulo, a maior parte dos casos ocorre numa região próxima ao Aeroporto Internacional de Guarulhos. Para dar uma ideia, só no último sábado (18), entre 7h e 9h, foi relatada a presença de dez balões.

A associação de pilotos divulgou áudios.

“Estamos curvando para a direita e descendo para evitar um balão que está voando por aqui”,

“Tô desviando dele também aqui, tá? Bem grande, hein! Bem grande mesmo! Tô curvando à direita”.

“Balão agora à direita. Senhor, tem muitos balões. Isso é muito perigoso”.

A associação divulgou uma carta aberta às autoridades alertando para o perigo e pedindo a criação urgente de um plano oficial de contingência para controladores de voo e pilotos e de delegacias especializadas contra o crime de soltar balões.

Repórter: Que mensagem o senhor daria para esses fabricantes de balões amadores?

Bolivar: Seria a de que eles pensassem que familiares deles podem estar dentro de uma aeronave dessas a ser atingida por um balão.

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